TRT8 solidário mobiliza servidores para ajudar família que perdeu tudo em incêndio
Uma corrente do bem tem ajudado a diminuir a dor e o sofrimento da copeira Francileide Miranda Ramos, 53 anos, funcionária terceirizada da Justiça do Trabalho no Pará. No dia 1 de março de 2019, dona Leide,como é carinhosamente chamada pelos colegas, viu tudo que construiu ao longo da vida ser consumido em poucos minutos pelo fogo durante um incêndio que destruiu 20 casas de madeira da Vila Rica, no bairro de Canudos, em Belém.
Por sorte, os três filhos e três netos de Leide, que moravam todos na mesma casa de dois andares com ela, não se machucaram. Mas o incêndio tirou a vida de um menino de dois anos que dormia na parte superior de uma das casas e, apesar dos esforços, não conseguiu ser retirado a tempo pelos vizinhos.
Agora, a família tenta reconstruir a vida e qualquer ajuda tem sido fundamental. As doações feitas logo após o incêndio contribuíram bastante para esse recomeço. Cestas básicas e alimentos foram doados para uma igreja evangélica que abrigou as famílias desalojadas, mas há cerca de uma semana Leide e os filhos alugaram uma casa de alvenaria também no bairro de Canudos e pretendem recomeçar.
Na casa com aluguel de quase mil reais, moram 4 famílias num total de dez pessoas. A renda que sustenta a todos é a que Dona Leide recebe da empresa terceirizada que fornece serviços de copeiragem para o TRT8 e de uma das noras, que também trabalha de carteira assinada.
A principal dificuldade tem sido conseguir os documentos, já que Leide, os filhos e os netos ficaram só com a roupa do corpo. Leide também precisa de louças, utensílios de cozinha, móveis e eletrodomésticos. O fogão foi doado por um dos gabinetes de desembargadores do Tribunal, a geladeira também foi uma doação feita por servidores e juízes do Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas – Cejusc, que funciona no novo Fórum de Belém. "Fiquei muito emocionada de saber que os servidores, juízes e desembargadores se mobilizaram para me ajudar. Fico muito agradecida porque sempre fiz o meu trabalho bem feito e estou vendo o retorno que isso tem", disse emocionada.
Dona Leide nasceu em São João da Boa Vista, município localizado na Ilha do Marajó, mas mora em Belém há 28 anos. Desde 2011 trabalha como copeira no TRT8. Divorciada, ela criou os seis filhos e até hoje ajuda na criação dos netos, que têm 17, 11 e 04 anos de idade. Atualmente, um dos maiores sonhos que tem na vida é conseguir comprar a casa própria, objetivo que a família, muito unida, já vinha tentando atingir antes da tragédia acontecer.
As doações podem ser encaminhadas a Ascom do TRT8, localizada no 3º andar do Bloco 1, anexo ao Edifício Sede. Maiores informações entrar em contato com Danilo Barbosa, Chefe da Seção Socio ambiental, pelo telefone (91) 4008-7028.