Divulgado Relatório de Identificação das Ocupações Críticas da Área Judiciária do TRT8

Documento revela que o desenvolvimento contínuo dos servidores contribui para a valorização, a multiplicação e a disseminação de conhecimentos, fortalecendo as equipes, o trabalho criativo e a inovação.
Foto: Capacitação de servidores na sala de aula da Ecaiss.
— Foto: ASCOM8

A Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGEP) divulgou o Relatório Consolidado de Identificação das Ocupações Críticas da Área Judiciária do TRT8. Elaborado pela Secretaria e executado pela Assessoria de Desenvolvimento de Pessoas (ASDEP), o documento é resultado da análise e consolidação dos dados obtidos a partir do trabalho realizado pela Segep em colaboração com o Grupo de Trabalho, composto por 17 pessoas, entre magistrados e servidores, com vasto conhecimento e experiência nas unidades da área judiciária da Oitava Região.

O objetivo do projeto foi subsidiar o desenvolvimento de planos de sucessão para as ocupações consideradas críticas, por meio da execução de ações educacionais que possam assegurar a disponibilidade de sucessores qualificados para o provimento de cargos e funções comissionadas que possuam dificuldade de reposição, mantendo-se o mesmo nível de eficiência e eficácia, e que impactam diretamente no alcance das metas e objetivos estratégicos do TRT8.

A equipe que executou o relatório é formada pelos servidores Carolyne Soares Amaral (Assistente do Programa de Gestão por Competências), Maria Helena Guerra (Assistente de Governança e Planejamento em Gestão de Pessoas) e Thiago Reis (Analista Judiciário da Área Administrativa), com apoio da psicóloga do Tribunal, Ursula Custódio, sob a coordenação da diretora da Segep, Helaine Carvalho e da Assessora-Chefe de Desenvolvimento de Pessoas, Gizele Fernandes.

Metodologia

A metodologia utilizada foi desenvolvida pelo TRT12 e adaptada para o TRT8. Primeiro, foi realizada uma reunião estruturada com o objetivo de identificar as ocupações críticas técnicas e gerenciais da área judiciária, uma exigência do Tribunal de Contas da União (TCU) que consta do Plano de Contribuição de Gestão de Pessoas (Portaria PRESI nº 381/2019). Ocorrida em julho, a reunião contou com magistrados e servidores, selecionados pelo nível de conhecimento e experiência profissional.

Níveis

O grupo assistiu à apresentação de alinhamento de conceitos e definição de parâmetros e, após discussões, respondeu ao questionário eletrônico, analisando todos os cargos e funções da área judiciária dentro dos critérios definidos pelo TCU. Depois, classificou os cargos em comissão e funções comissionadas da área judiciária em três níveis: crítica, médio crítica e não crítica.

Análise

As ocupações consideradas críticas foram divididas em gerenciais e técnicas. Os cargos gerenciais são aqueles em que há vínculo de subordinação e poder de decisão e os cargos de natureza técnica referem-se àqueles que necessitam de  habilidades e conhecimentos específicos, de cunho mais operacional.De acordo com a pesquisa, 76% das ocupações analisadas são de natureza gerencial e 24% de natureza técnica.A pesquisa também considerou críticos 17 (dezessete) cargos em comissão e funções comissionadas. E apontou que dos 53 (cinquenta e três) cargos e funções da área judiciária, 32% são considerados críticos.

Relatório

O relatório revelou que a preparação e o desenvolvimento contínuo dos servidores contribuem para a valorização, a multiplicação e a disseminação de conhecimentos dentro do Tribunal, fortalecendo as equipes, o trabalho criativo e a inovação.

O relatório também recomendou definir as diretrizes para a sucessão; capacitar os substitutos automáticos; documentar e difundir conhecimentos técnicos específicos restritos a poucas unidades/servidores; fortalecer o desenvolvimento de gestores; elaborar trilhas de aprendizagem gerencial e técnica e implementar a ferramenta banco de talentos.

Aprovado pela presidência do TRT8, o relatório priorizará projetos pilotos a serem desenvolvidos com grupos de lideranças que foram identificados como de ocupação crítica e que impactam na administração. É o caso dos diretores de Varas do Trabalho que receberão formação específica para aprimorar suas práticas e assim fortalecer a sua atuação institucional.

Ocupações críticas

Também chamadas de key positions (posições-chaves) são ocupações que possuem dificuldade de reposição e que influenciam diretamente no resultado dos negócios da organização. São posições que, se ficassem vagas, precisariam ser ocupadas quase que imediatamente para assegurar a continuidade do bom desempenho da organização. A identificação de ocupações críticas é etapa essencial no desenvolvimento do Programa de Gestão por Competências, impactando em diversos instrumentos de gestão de pessoas como sucessões, banco de talentos, seleções internas, trilhas de aprendizagem, dentre outras, visando o fortalecimento dos mecanismos de retenção de talentos.

Leia o relatório completo aqui.