Servidores do TRT-8 e de instituições parceiras participam de Formação Continuada em audiodescrição

A ação teve o objetivo de facilitar o acesso a conteúdos visuais com a audiodescrição, para que sejam mais equitativos a todos.
Arte de divulgação
— Foto: ASCOM8

Com finalidade de deixar seus conteúdos nas redes sociais e sites com mais acessibilidade para todos os públicos, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) realizou Formação Continuada em  Audiodescrição com gestores de áreas estratégicas e da Assessoria de Comunicação. Também participaram integrantes de instituições parceiras, como Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Universidade do Estado do Pará (UEPA), convidadas a fazer parte do grupo, que realizou todas as atividades em formato telepresencial.

O objetivo é instrumentalizar servidores para a utilização adequada do recurso de audiodescrição em suas rotinas de trabalho e em suas vidas cotidianas, com vistas à promoção da acessibilidade comunicacional e à garantia do direito de acesso à informação para pessoas com deficiência. Pensada a partir de uma demanda da Assessoria de Comunicação Social do TRT-8, a oficina teve, ainda, o objetivo de sensibilizar os participantes sobre a importância da atuação individual e institucional para a produção de acessibilidade em diversos cenários e para a eliminação de barreiras à participação de pessoas com deficiência.

A audiodescrição é uma ferramenta de acessibilidade que transforma imagens em palavras. A utilização é voltada para pessoas com deficiência visual, mas também pode beneficiar a um público maior, como: idosos, disléxicos, pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre outros. Quando se considera todas essas possibilidades, torna-se muito importante acessibilizar conteúdos visuais com a audiodescrição, para que o acesso ao conteúdo seja democrático a todas as pessoas. 

É preciso que se entenda a importância da cultura do acesso e de proporcionar  comunicação acessível a todos. Não só entender a importância do acesso a conteúdos audiovisuais, mas, também, a importância de acesso a imagens em contextos gerais dentro dos espaços laborais, educacionais e sociais.

Segundo a instrutora Cristina Kenne, uma das palestrantes da formação, com a tecnologia alinhada às redes sociais, a sociedade está cada vez mais inserida no contexto de comunicação virtual, e o curso ajuda para que as plataformas se adaptem a quem quer usar. “O uso de redes sociais como meio de expressão e relacionamentos tem sido cada vez mais presente em nossas vidas, o curso de audiodescrição é oferecido a quem quer aprender de fato a escrever textos de audiodescrição (pessoas videntes), pois o aprendizado de audiodescrição também aborda a diversidade de culturas e escritas”, pontuou. 

Deste modo, por meio de aulas simultâneas e de atividades práticas de audiodescrição, pretendeu-se que essa ferramenta fosse apropriada por servidores, em especial aqueles que atuam em áreas fundamentais para a comunicação do TRT-8, como Assessoria de Comunicação, Secretaria da Informação, Cerimonial, Escola de Servidores e Escola Judicial da 8ª Região (Ejud8). 

O acesso à informação e a comunicação com acessibilidade e de qualidade é um direito previsto na Lei n 13.146/15, no Estatuto da Pessoa com Deficiência. Então, a adequação das plataformas é a garantia desse direito. Neste sentido, a servidora do TRT-8, Luísa Leão, que é pessoa com deficiência visual, disse que aprender sobre audiodescrição abriu novos caminhos para pensar em outras estratégias de acessibilidade. “Para mim, o curso abre a perspectiva das pessoas para a necessidade de se pensar e agir de forma mais acessível, entendendo que a acessibilidade é uma construção coletiva, que precisa de cada indivíduo e cada instituição, que são tão necessárias no cotidiano das pessoas com deficiência e de toda a sociedade”, ressaltou Luísa.  

Na opinião de Edney Martins, assessor de comunicação do TRT-8, a oficina contribuiu muito para o atendimento da necessidade de ampliação do acesso aos conteúdos produzidos pelo tribunal. "Com as recentes Resoluções do Conselho Nacional de Justiça, as instituições que integram o Judiciário precisam ampliar o alcance e a compreensão dos conteúdos que publicam com a intenção de das publicidade aos seus atos e aos direitos sobre os quais atuam, e foi nesse sentido que a Ascom demandou a Escola de Servidores da instituição, junto com a Seção Ambiental, para que pudessemos desenhar um curso que nos permitisse não somente compreender o que significa a audiodescrição, mas, acima de tudo, alinhar esse conceito com as demais áreas do tribunal e de instituições parceiras", reforçou.

A participação  e o engajamento  dos alunos nas aulas e nas atividades também são indícios do aproveitamento do curso. Nas aulas foram discutidos como essas ferramentas podem ser usadas na prática, na realidade onde cada um pode atuar. Isso é bem potente para a transformação da acessibilidade na Justiça do Trabalho da 8ª Região. E ao final do curso os alunos aprenderam a utilizar da ferramenta de audiodescrição dentro dos processos de comunicação (em espaço laboral e em redes sociais) que busca dar mais acesso aos conteúdos e interações com pessoas com deficiência visual.

 

#ParaTodasVerem: foto da tela de computador com as caras dos servidores que participaram do curso de audiodescrição