Projeto Judiciário Fraterno realiza rodas de conversa no Marajó

Iniciativas voltadas à área da cidadania, empreendedorismo, mundo digital e outros com intuito de valorização da mulher
Mulheres da comunidade do Pesqueiro em Soure juntamente com a juíza do trabalho, Vanilza Malcher
— Foto: ASCOM8

 

Promover o trabalho decente e a valorização da mulher é um dos eixos normativos do Programa Judiciário Fraterno do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), foi com esse objetivo que, nos dias 19 e 20 de abril, o programa esteve com rodas de conversas na cidade de Salvaterra e Soure, no arquipélago do Marajó, para conhecer as situações e planejar atividades a partir das necessidades locais.

Nesta primeira etapa, a comitiva reuniu-se com a Associação de Mulheres de Condeixa, da vila de Condeixa e na vila de São Marcos, ambas no meio rural de Salvaterra."Percebemos que as comunidades ficam felizes com nossa presença, sentem-se parte, percebidas, visíveis", ressaltou a juíza do trabalho, Vanilza de Souza Malcher, gestora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT8.

A magistrada conta que em Soure, o projeto Judiciário Fraterno reuniu com 45 mulheres residentes na Vila do Pesqueiro e 90 mulheres mães de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dagmar Gonçalves, localizada em bairro de periferia da cidade (Pacoval). Em ambas as reuniões, contamos com o relevante apoio de três Secretárias Municipais (do Turismo, da Assistência e da Educação).

Segundo a Presidente da Associação de Mulheres de Condeixa, Maria Selma Martins dos Santos, 53 anos, moradora da vila, "a visita da Dr.Vanilza Malcher, foi de grande importância, porque nos trouxe conhecimento deste maravilhoso projeto e seus objetivos. A satisfação das comunidades em receber esta equipe, foi maravilhosa, pois trouxe bons esclarecimentos", pontuou.

A Associação trabalha para dar apoio às mulheres das comunidades e desenvolver um trabalho entre elas. "Queremos muito que as duas Comunidades visitadas sejam contempladas com o projeto. Já estamos aguardando a próxima reunião", finalizou a Presidente da Associação de Mulheres de Condeixa.

A magistrada fala que a ida do programa à localidade acendeu uma esperança em cada pessoa e as ações desenvolvidas aproximam a população do Tribunal. "Trazer o Projeto Judiciário Fraterno aos municípios de Salvaterra e Soure, como parte da Itinerância da Justiça do Trabalho, representa trazer nossa instituição como um todo, ampliando a atuação dos Programas desenvolvidos pelo TRT-8 para além da capital e região metropolitana, como sempre foi nosso desejo. Precisamos encurtar distâncias, atravessar baías e rios, e fazer chegar nossos serviços aos que deles precisam, pois são todos jurisdição da Justiça do Trabalho da 8ª Região", disse a juíza do trabalho, Vanilza de Souza Malcher.

Durante as reuniões com mulheres e jovens das comunidades, foi apresentado o que é o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8) e como a Justiça do Trabalho está ligada com o dia a dia, por meio das relações entre empregado e empregador. O Projeto Judiciário Fraterno foi apresentado e a localidade convidada a fazer parte do projeto.

Itinerância Marajó – O Programa Judiciário Fraterno ocorre junto com a itinerância da Justiça do Trabalho do TRT-8 nas cidades de Soure e Salvaterra, no arquipélago da Ilha do Marajó. Nos dias 5 e 6 de maio com a ida do juiz do trabalho e servidores para tomadas de reclamações e fornecimento de orientações sobre os direitos trabalhistas e nos dias 26 e 27 de maio com a realização de audiências de conciliação

Belém - No dia 8 de abril, mais de 40 alunos conheceram o trabalho do Judiciário Trabalhista. Estudantes da Escola Estadual Waldemar Ribeiro e do Colégio Santa Madre acompanhados de coordenadores, professores e pais conheceram o Fórum Trabalhista de Belém e a estrutura de atendimento do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região.

 A visita fez parte da programação do projeto Judiciário Fraterno que tem à frente a Comissão de Combate ao Trabalho Infantil em parceria com o Comitê de Incentivo à Participação Feminina e Comissão de Acessibilidade e Inclusão.

A gestora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil do TRT-8, desembargadora Maria Zuíla Dutra, celebrou a visita dos alunos no Judiciário Trabalhista, como um momento de extrema relevância para a Comissão. "Dentro do projeto Judiciário Fraterno nós trazermos a comunidade escolar para conhecer o Tribunal e o trabalho que nós fazemos. Hoje, tivemos uma exposição de um trabalho dos alunos que apresentava as condições do trabalho infantil. Isso demonstra realmente que a sociedade aos poucos começa a perceber a necessidade de combater o trabalho infantil, e que esse combate passa pela conscientização dentro das escolas, porque os alunos serão os adultos de amanhã", comemora.

A magistrada afirma que os jovens que recebem a formação desde agora, no futuro são grandes defensores da vida plena de crianças e adolescentes. "Estamos felizes com esse trabalho e esperamos produzir muitas outras visitas de escolas ao longo deste ano com ações do Judiciário Fraterno".

 As estudantes Larissa Viana, 14, e Juliana Brito, 13, demostraram alegria em conhecer de perto o trabalho do Judiciário. "Esse momento é especial para mim, ainda mais que sonho em ser juíza. Futuramente quero estudar direito. Nós realizamos o trabalho de pesquisa em campo em relação ao trabalho infantil, onde ouvimos crianças e adolescentes", conta Larissa Viana.

Vanilza Malcher, juíza do trabalho e gestora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil do TRT8, afirma que o objetivo do Judiciário Fraterno é trazer a comunidade para dentro do Tribunal. "Nós queremos abraçar as comunidades e sermos abraçados por elas. Isso é a verdadeira Fraternidade. Queremos que conheçam a nossa história, que a Justiça do Trabalho vai além das causas trabalhistas e que nós também temos essa responsabilidade social, de contribuir para o desenvolvimento dos jovens, dos adolescentes, das crianças, de incentivar as mulheres a serem valorizadas no mercado de trabalho e de dar uma atenção especial as pessoas com deficiência", finaliza a magistrada.

A juíza Léa Sarmento, que preside o Comitê de Incentivo à Participação Feminina do TRT-8, ressalta que o projeto é uma aproximação com a sociedade e que os jovens são bem vindos no projeto, pois eles mostram o nosso futuro, e nós já mostramos a importância da Justiça do Trabalho, o papel que ela realiza. "O projeto Judiciário Fraterno além de ter o cuidado com os jovens e a preocupação com crianças e adolescentes, também promove a valorização da mulher na sociedade, no mercado de trabalho, e um olhar para as pessoas com deficiência. É um projeto que abraça o jovem em todas as dimensões. É importante ser atendido aqui e se sentir acolhido no TRT8".

Judiciário Fraterno - As ações desenvolvidas pelo Judiciário Fraterno, são: cursos, oficinas, palestras, rodas de conversa, treinamentos e campanhas com apoios voltados à área da cidadania, empreendedorismo, mundo digital e outros com o intuito de valorização da mulher.  

O projeto Judiciário Fraterno pretende atingir 25 bairros de Belém e da região metropolitana onde tem padrinhos cidadãos, além de outras cidades do Estado do Pará e Amapá. O projeto é uma ampliação do projeto Padrinho Cidadão, que agora envolve mulheres e pessoas com deficiência, unindo as Comissões e Comitê do Tribunal.