TRT-8 lança série de reportagem sobre Sustentabilidade
Muito se tem falado sobre sustentabilidade e o desdobramento de sua observação na manutenção de um equilíbrio ambiental no planeta, mas nem todo mundo sabe como proceder para contribuir no alcance da metas mundiais. O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região tem se destacado pelas ações que desenvolve nesse campo, e suas ações vêm sendo regularmente registradas no Plano de Logística Sustentável, enviado anualmente ao Conselho Nacional de Justiça, com as informações sobre suas ações, metas e indicadores de monitoramento.
Mas, enquanto isso está presente em relatórios e números, sem estar absorvido na nossa própria cultura de ação no dia a dia, o alcance de indicadores menos poluentes e desiguais no planeta fica mais distante. Recentemente o TRT-8, por meio de sua Comissão de Sustentabilidade, realizou a Semana de Responsabilidade Socioambiental; recheada de atividades práticas, que permitiram que magistrados e servidores pudessem conhecer processos como a compostagem e o descarte correto de resíduos.
Assessor de comunicação do TRT-8, Edney Martins participou da oficina de compostagem e destaca como o conhecimento do processo e o incentivo a acompanhá-lo no dia a dia influenciou a forma com que lida com o descarte de resíduos orgânicos. “Eu já fazia separação de resíduos sólidos na minha casa e temos trabalhado bastante esse tema nos últimos anos no Tribunal, mas a oficina de compostagem teve uma parte prática bem interessante e encerrou com a entrega de uma composteira de pia criada pelas instrutoras e entregues a todas e todos os participantes, e isso realmente mexeu comigo, porque a mantive na minha mesa do Tribunal e passei a separar na minha casa e no trabalho os resíduos orgânicos que produzo, e fiquei impressionado com o tamanho do volume disso, e pude perceber como isso influenciou a forma com que eu e os meus familiares passamos a lidar com esse descarte. Agora, depois que a composteira de pia encheu, estamos vendo como fazer para colocarmos uma maior em nossa casa, para evitar que isso vire lixo e contribua com o aumento de despejos no lixão que atende Belém, que já enfrenta inúmeros problemas. É pouco? É! Mas ao menos sabemos que agora contribuímos menos com o desperdício e o aumento da carga de lixo da cidade. E se todo mundo agisse assim? Como seria?", reforçou.
Pensando nisso, e em como poderia atuar na ampliação da compreensão e envolvimento do público interno do TRT-8 no alcance das metas estabelecidas no seu Plano de Logística Sustentável, a Ascom criou a série SustentaHabilidade, que estabeleceu um cronograma para realização de várias reportagens que trarão, de hoje, 1 de julho, até novembro, informações detalhadas sobre os itens que integram o PLS, com entrevistas com os gestores responsáveis, especialistas na matéria, dados sobre o item e também com uma sugestão prática de como cada um(a) de nós pode agir para ser menos poluente e mais sustentável, a partir do desenvolvimento de nossas habilidades para isso.
A reportagem de hoje será sobre Gestão de Resíduos, e vai contar a forma como fazemos a Destinação de Resíduos de Saúde (DRS).
Você sabia que o Tribunal tem coletores especiais para descarte dos resíduos de saúde? Pois é, além dos descartes utilizados diretamente no ambulatório da CODSA, temos ponto de coleta no hall do elevador do Anexo 1 da sede, e vamos colocar mais uma no hall do elevador da CODSA, para recebimento EXCLUSIVO de remédios descartados.
Infelizmente, ainda é comum jogar medicamentos que não estão sendo mais utilizados ou que já estão vencidos no lixo doméstico, na pia ou no vaso sanitário, e muitas pessoas não sabem que esse hábito está errado e pode prejudicar a saúde das pessoas e contribuir para a contaminação do ecossistema. Como já destacamos, durante o mês de junho, o Tribunal Regional do trabalho da 8ª Região (PA/AP) realizou a Semana da Responsabilidade Socioambiental, e as ações eram voltadas para a criação da educação ambiental, tanto no âmbito do Trabalho quanto na sociedade.
Para cumprir a Agenda 2030, especialmente nos eixos 6, 14 e 15 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o TRT-8 faz uma série de ações, e uma delas é a arrecadação de remédios com o uso de coletores especiais e adesivados para chamar a atenção da importância do descarte correto, vale lembrar que essa coletora é exclusiva para remédios (líquidos ou sólidos, envasados, claro), e é proibido o descarte de qualquer resíduos fora da classificação, sob pena de não aproveitamento.
O descarte adequado de resíduos, que inclui os remédios integra a política de gerenciamento de resíduos sólidos da Justiça do Trabalho da 8ª Região, que está sendo construída gradativamente, como explica a presidente da Comissão Permanente de Gestão Ambiental, juíza do Trabalho Roberta de Oliveira Santos.
"Estamos investindo em infraestrutura, com a inauguração do depósito de resíduos sólidos e a divulgação dos diversos coletores que temos espalhados pelo prédio sede do Tribunal, e investindo também em ações de sensibilização do nosso público interno, pois dependemos dos nossos servidores, servidoras, magistrados, magistradas e prestadores de serviços terceirizados para fazer essa iniciativa funcionar e evoluir", ressaltou a juíza do Trabalho.
É importante destacar que todas e todos os magistrados, servidores, estagiários, terceirizados e aprendizes podem participar, separar medicamentos que não estejam mais em uso ou fora da validade, e trazer de suas casas para fazer o correto descartes no Tribunal. O depósito dos materiais pode ser feito no coletor que fica no hall do elevador no anexo 1. Materiais que são perfurante ou cortante, como seringa e bisturi, não podem ser descartados nos coletores. Eles serão levados pela empresa contratada responsável pelo descarte correto, sem comprometimento do lençol freático, e, consequentemente, da saúde de toda a sociedade.
A conscientização sobre a preservação dos recursos hídricos e florestais é fundamental para uma sociedade mais sustentável. O enfermeiro da Coordenadoria de Saúde (CODSA), Cristian Fernando de Siqueira destacou que "estamos com essa campanha de orientações relacionadas ao descarte de medicamentos não utilizados, porque começamos a observar um descarte irregular de material nos postos de coleta. Nesses locais está havendo o descarte de copos de café, papéis e outros materiais", disse Cristian Siqueira.
Cristian explicou que, "tem alguns medicamentos que são tóxicos, tem um componente de atividade nuclear, são antibióticos, isso não é descartado no meio ambiente. O descarte adequadamente desse resíduo de medicamento antibiótico vai ser ingerido, por exemplo, por um peixe que, provavelmente, vai voltar para o consumo humano. Mas quem é que vai se alimentar desse peixe? A gente não sabe. Então, para evitar que outras pessoas se contaminem, é que se tem que ter o descarte adequado dos medicamentos".
A fim de fazer o descarte correto e regular dos medicamentos, é importante seguir algumas orientações, para conservar o metal: leia as informações contidas na bula e na caixa; siga as instruções de armazenamento do produto; não deixe em locais quentes e úmidos, como banheiros ou cozinha; sempre guarde na embalagem em local seco e arejado; não deixe ao alcance de crianças e animais; não descarte em pia, lixo domiciliar ou vaso sanitário.
O despejo desse material em local inadequado contribui com a contaminação do solo, rios, lagos, oceanos, lençol freático e os animais. Essa conscientização é trabalhada no ODS 15, que é proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda da biodiversidade.
O objetivo 14, conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável, atenta no cuidado com os recursos hídricos, que são diretamente prejudicados com a falta de cultura do descarte consciente da população e de políticas públicas. O de número 6 é para que possa garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos.
Danilo Barbosa, servidor e membro da Comissão Permanente de Gestão Ambiental, chama para fazer uma reflexão sobre essa conduta, os impactos que ela gera no meio ambiente e o que o TRT-8 faz para mudá-la.
"Importante ressaltar que, ao descartar os medicamentos no lixo comum, você estará contribuindo, mesmo sem saber, com um grave problema de saúde pública. É comprovado que o impacto que os resíduos de medicamentos causam ao meio ambiente é um grave problema. Pensando nisso, o Tribunal tem dois coletores para realização do Descarte Consciente desse resíduo", explicou o servidor.
Com o material recolhido dos postos de coleta, o Tribunal trabalha com a política de gestão de resíduos reversa, a empresa terceirizada responsável pela manipulação do resíduo vem ao TRT-8 fazer a retirada do resíduo e levar para a incineração. A incineração é uma forma segura e moderna para tratar os resíduos que podem contaminar o meio ambiente.
Ponto de coleta - Em Belém, existe a Lei Municipal nº 9.268 de 2017, que determina que farmácias, postos de saúde, hospitais públicos e privados disponibilizem para a população local coletas, de fácil visualização, para o recolhimento de remédio domiciliar vencidos ou não.
Agenda 2030 - Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é uma campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas possam desfrutar de paz e de prosperidade, da qual o Tribunal Regional do trabalho da 8ª Região é signatário. Essas ações precisam ser atingidas até 2030, por entidades governamentais e não governamentais e do judiciário também.