Projeto Judiciário Fraterno promove curso de informática no TRT-8

Ações ocorrem durante a Semana do Judiciário Fraterno no bairro do Jurunas
Fotografia em ambiente fechado.
— Foto: ASCOM8

O Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8), realizou a Semana do Judiciário Fraterno no bairro do Jurunas em parceria com a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Camilo Salgado e a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus. 

A oficina de Informática foi realizada na sala de computadores do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, na sede do TRT-8. Ministrada pelo advogado, técnico em informática e voluntário do Projeto Judiciário Fraterno, David Bentes Serpa, a oficina já chega em sua terceira edição, sendo a segunda em 2023. Com 27 alunos, distribuídos em 2 turmas, a oficina teve o objetivo de ensinar e habituar os jovens ao uso de programas e ferramentas que possam ser utilizados no dia a dia e no mercado de trabalho; além disso, foram abordados temas relacionados à inserção no mercado e de comportamento social para entrevistas e estágios, sempre pensando na importância da tecnologia.

“A questão da informática hoje em dia é base para qualquer área do conhecimento e atualmente vivemos em um mundo globalizado, ao ponto de ser necessário um conhecimento mesmo que básico na área da informática. O nosso curso é voltado para jovens e aqui estamos dando uma base de conhecimentos específicos em programas, aplicativos e sites; como se portar nos meios sociais e lhes certificando ao final, que é uma prova física que podem utilizar na hora de conseguir um emprego ou um estágio, assim ele tem como mostrar que está habilitado e que tem o conhecimento, sendo um diferencial na hora da contratação”, expôs o instrutor.

Para Alberto Allan da Silva Rodrigues, servidor do TRT-8 e chefe da divisão de apoio ao Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, foi uma ação muito gratificante. “A experiência foi inédita para mim e motivo de muita satisfação, por contribuir diretamente para a paz social e o fortalecimento da cidadania, ao ter a oportunidade de transmitir conhecimento e saber para adolescentes ávidos por inovação tecnológica”.

Além dos jovens, as ações do programa e do projeto Judiciário Fraterno buscam também auxiliar as mulheres, mães e responsáveis, a se empoderar e a capacitá-las para o mercado de trabalho em busca de valorização profissional e de renda, assim, afastando o risco de trabalho infantil e garantindo que os jovens busquem aprendizado e um futuro melhor. A coordenadora do Programa e Juíza do Trabalho, Vanilza de Souza Malcher ressalta a importância e integração das ações: “A alegria é imensa, nessa parceria uma comunidade inteira está envolvida. O mais lindo é a inclusão, estamos conseguindo incluir as crianças, os adolescentes, as mulheres que são beneficiadas do nosso projeto e temos aqui mães e avós que não só trazem os filhos para o curso, mas também estão fazendo o curso e aprendendo sobre informática, sobre tecnologia. Eu acho que a síntese do Projeto Judiciário Fraterno pode ser vista hoje, aqui dentro do tribunal, com a presença dessas senhoras e desses jovens aqui conosco.”

Patrícia da Conceição, 50 anos, é avó de Cecília Gonçalves e participou junto à neta do curso. “É a primeira experiência com informática de ambas, com certeza foi muito proveitoso, é a primeira vez que participamos de algo juntas. É uma sensação única, eu não podia acompanhar minhas filhas, por mais que eu sempre tenha sido muito presente na vida escolar delas, por motivos de trabalho eu não tinha disponibilidade de tempo, então agora que eu tenho, estou afundo com a minha neta”, relatou.

Patrícia ainda reitera a importância das ações do projeto e da participação dos jovens e dos responsáveis: “Posso dizer que não tem preço a gente participar, ver a evolução das nossas crianças, dos nossos filhos, dos nossos netos e o que eu aconselho, quem puder participar, acompanhe, é muito bom você ver isso. Eu me surpreendi com o comportamento dela, porque ela é mais fechada e tímida, não gosta muito de interagir, mas hoje vi a evolução em frente a turma, falando para todos e conseguindo se soltar.”

Semana do Judiciário Fraterno no bairro do Jurunas: Além da oficina de informática, foram realizados os cursos de panificação e de bonecas de pano; ocorreram atividades lúdicas na escola, palestras sobre bullying, violência e o lugar das crianças na escola com debates para ouvir os próprios estudantes. A culminância dessas ações ocorrerá hoje, na E.E.E.F.M Prof. Camilo Salgado, com a entrega dos certificados de curso para os participantes.

 

#ParaTodosVerem: Fotografia em ambiente fechado. Em primeiro plano, mostra diversos alunos sentados de frente a telas de computador. Em segundo plano, o professor ministrando a aula.