TRT-8 apresentou projeto inédito no “Disseminando Boas Práticas” do CNJ

Apresentação ocorreu de forma virtual, em transmissão ao vivo, no canal do CNJ no YouTube
Arte gráfica nas cores verde claro e branco, com o texto: 15ª edição do webnário disseminando boas práticas do poder judiciário.
#ParaTodosVerem Arte gráfica nas cores verde claro e branco, com o texto: 15ª edição do webnário disseminando boas práticas do poder judiciário. Diversidade e empregabilidade são temas do proejto do TRT8.

Ocorreu nesta quinta-feira (28), a 15ª edição do evento Disseminando Boas Práticas do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com transmissão ao vivo através de seu canal no Youtube. O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8) participou apresentando o  seu projeto “Diversidade e Empregabilidade”, realizado em parceria com a Unama, Fidesa e MPT.

O Disseminando Boas Práticas do Poder Judiciário é um momento de apresentação, pelos próprios responsáveis, de boas práticas selecionadas para o Portal CNJ. O objetivo é expor com mais detalhe as ações realizadas, possibilitando inclusive que elas sirvam de inspiração para serem replicadas em outras unidades do judiciário.

“É muito importante  a gente compartilhar as boas práticas porque é uma forma de a gente compartilhar nossos conhecimentos, acredito que é isso que o CNJ busca, no sentido de que as políticas não estejam fechadas em nós mesmos. A gente precisa trabalhar de uma forma colaborativa”, comentou Lívia Cristina Marques Peres, juíza auxiliar da Presidência do CNJ, durante o evento.

A juíza do Trabalho Roberta de Oliveira Santos apresentou o projeto “Diversidade e Empregabilidade” do TRT-8, destacando que ele nasceu com o objetivo de atender a grupos vulnerabilizados - “fazendo um recorte nessa primeira edição para pessoas do grupo LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência” - através de uma ação concreta para promover a sua capacitação e efetiva inclusão no mercado de trabalho. “Olhando também para as empresas, no sentido de instrumentalizá-las para receber a diversidade”, acrescentou. 

Na sua primeira edição, o projeto abriu 20 vagas para capacitação de pessoas através de um Curso de Auxiliar de Cozinha. “Fomos também buscar parcerias, incluindo a Universidade da Amazônia (Unama), que tem o Curso de Gastronomia e desenhou um curso específico para esse projeto e esse público”.

Aos selecionados também foi garantida uma bolsa de estudos no valor de R$ 1 mil por mês. Como tratava-se de um projeto voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, era importante garantir recursos para que elas frequentassem as aulas. “Assim, fizemos parceria com o Fidesa (Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia), para receber esses recursos e fazer o repasse aos alunos. E contamos com a  contribuição do Ministério Público do Trabalho, que reverteu o valor de multas e indenizações para o pagamento das bolsas aos alunos”, detalhou a magistrada.

O edital de chamamento para o curso foi aberto com ampla divulgação e obteve 61 inscrições. Os candidatos tinham que comprovar que atendiam aos requisitos de vulnerabilidade social e econômica. “A seleção foi feita por meio de entrevistas, e destaco o trabalho da nossa Divisão de Acessibilidade, Inclusão e Sustentabilidade, além de nossos parceiros, que também participaram desta seleção com olhar cuidadoso. Abrimos ainda diálogo com empresas para que fossem ofertadas vagas para as pessoas capacitadas no curso”, acrescentou a juíza do Trabalho.

Em novembro de 2023, ocorreu a cerimônia de conclusão do curso. Das 20 pessoas selecionadas, 17 concluíram o curso. “Selecionamos inclusive pessoas em situação de rua”, apontou a magistrada. Atualmente, o TRT-8 se prepara para uma segunda edição do projeto “Diversidade e Empregabilidade” com turma voltada para mulheres vítimas de violência doméstica.

Ao final da apresentação, Lívia Cristina elogiou o projeto. “Gostaria de parabenizar o TRT-8, ressaltando a interseccionalidade dessa prática, fazendo esse trabalho inclusive com pessoas em situação de rua”. Outra juíza auxiliar da Presidência do CNJ, Katia Roncada, também pediu mais detalhes sobre a participação das pessoas com deficiência no projeto. “Nós sabemos que capacitismo é algo que precisamos combater e dar oportunidades é fundamental”, acrescentou.