Amatra-8 realiza debate sobre direitos humanos no mundo do trabalho

O encontro trouxe reflexões sobre trabalho escravo moderno e direitos humanos
Arte com o fundo azul. Em uma tarja azul escuro com letra branca, texto “Seção Especializada I do TRT-8”. No canto superior dire
#ParaTodosVerem: Fotografia colorida em ambiente fechado, na foto está presente o sociólogo Ricardo Antunes, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a juíza Patrícia Sant'Anna, diretora de Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). — Foto: ASCOM8

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), por meio da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região (Amatra-8), promoveu no dia 5 de outubro, um importante debate com o tema: "Sub-Humanos: Transformações do Trabalho à Luz dos Direitos Humanos", conduzido pelo sociólogo Ricardo Antunes, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O encontro aconteceu no auditório do Tribunal, em Belém.

O evento contou com a presença da diretora da Escola Judicial do TRT-8 (Ejud-8), desembargadora Francisca Oliveira Formigosa; da corregedora regional do TRT-8, desembargadora Maria Zuíla Dutra; da desembargadora do Trabalho Maria de Nazaré Rocha; do desembargador do Trabalho Francisco Sérgio Silva Rocha, da diretora de Cidadania e Direitos Humanos da  Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Verena Arruda e da juíza Patrícia Sant’Anna, diretora de cidadania e direitos humanos da Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas – Anamatra.

A abertura do debate foi marcada por uma apresentação das crianças do movimento República de Emaús. No fim da apresentação, a presidente da Amatra-8, juíza do Trabalho Roberta de Oliveira Santos, entregou materiais escolares e novos instrumentos para o movimento, reforçando o compromisso da instituição com ações sociais.

Durante o evento,  a presidente da Amatra-8 destacou a importância do Prêmio Amatra-8 de Direitos Humanos. “Não é por acaso que a Anamatra está aqui, porque a Anamatra é uma grande incentivadora e uma grande parceira em todas as nossas ações de cidadania e Direitos Humanos. O nosso prêmio tem foco nas categorias de combate ao trabalho escravo, erradicação do trabalho infantil e promoção da diversidade no mundo do trabalho”.

A juíza Patrícia Sant'Anna, diretora de Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e mediadora do debate, expressou grande satisfação em participar do evento. “É uma honra estar aqui representando a Anamatra, Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho, como Diretora de Cidadania e Direitos Humanos, em mais um evento da Amatra-8”.

Em sua palestra, Ricardo Antunes abordou o fenômeno do trabalho escravo moderno, alertando para a sua crescente disseminação no Brasil e a urgência de políticas públicas para erradicar essas práticas. “O mesmo país que se estruturou na era colonial sob o signo da escravização e do sofrimento chega hoje, no século 21, enfrentando o que chamamos de trabalho escravo moderno, o trabalho análogo à escravidão. Esse fenômeno se expande pelos recantos deste imenso estado e do Brasil”, afirmou o sociólogo.

O evento foi encerrado com a divulgação dos finalistas do Prêmio Amatra-8 de Direitos Humanos - Padre Bruno Sechi. Os vencedores do prêmio serão divulgados no dia 22 de novembro.

Para mais detalhes, confira o vídeo.