Presidência tem acesso ao 1º relatório de Stress Organizacional do TRT8
O TRT8, preocupado com o aumento globalizado do adoecimento mental, organizou por meio do Programa Trabalho Seguro, o projeto de Combate ao Stress Organizacional que consistiu em grupos de discussão para levantar os principais fatores de stress e possíveis soluções usadas pelos servidores.
O relatório parcial do Programa de Combate ao Stress Organizacional foi apresentado para a desembargadora presidente, Suzy Koury, para as considerações finais e posteriormente divulgação.
A psicóloga do TRT8, Úrsula Gomes, iniciou a apresentação recorrendo ao embasamento teórico do relatório, “ Não há dúvida de que a única resposta à violência é a violência. Entendemos violência como qualquer ação que promova uma demanda impossível, levando o trabalhador, magistrado ou servidor a dois movimentos desastrosos: 1) à paralisia, inibição da ação ao ser remetido a uma situação de absoluta incapacidade de dar uma resposta adequada, abalando o senso narcísico de competência do sujeito; 2) a uma atitude defensiva equivocada, respondendo à violência com violência. Desta maneira, a violência organizacional é projetada e devolvida para a instituição em forma de erros e rotatividade do quadro; assédio moral; ou adoecimento psíquico. Diante desse cenário, o relatório tem como objetivo inicial evitar a criação de terreno fértil para enraizamento da cultura de violência e normalização de práticas adoecedoras de magistrados e servidores. ”
Segundo o relatório, os principais fatores de stress organizacional são o elevado volume de trabalho; a elevada pressão para produzir; asexigências crescentes de novas demandas tecnológicas, como o PJe; de novas demandas intelectuais, como alterações do novo CPC ou as mudanças nas leis trabalhistas; falta de funcionários e o envelhecimento do quadro, aposentadorias sem garantias de reposição futura.
Segunda fase do Programa
A segunda fase do Programa de Combate ao Stress Organizacional do TRT8, prevista para abril deste ano, contará com a participação dos gestores do TRT8 quando será realizada a validação dos dados levantados na primeira fase.
A Desembargadora Suzy Koury, atendendo à solicitação da Corregedoria, solicitou que o Programa de Combate ao Stress Organizacional seja estendido aos magistrados. ”Desta maneira conseguiremos uma visão ampliada de como estão conectados os discursos institucionais e, então, propor a melhor estratégia de recondução da organização e cultura do TRT8ª.”
Diante da constatação do relatório, alguns projetos e ações serão desenvolvidos visando restabelecer a confiança institucional para promover uma cultura de bem estar no trabalho a partir da concentração de esforços para ampliar a capacitação de servidorese gestores e conferir maior atenção aos novos servidores.
Na reunião de apresentação do relatório de resultados, estavam presentes o desembargador Sérgio Rocha, coordenador do Programa Trabalho Seguro, a juíza do trabalho substituta, Érika Bechara, coordenadora da Comissão de Qualidade de Vida do TRT8, o Diretor de Gestão de Pessoas, Álvaro Rôllo, a Coordenadora da ECAISS, Simone Pípolos, o Assessor de Comunicação, Edney Martins e a servidora Taissa Bencke, Chefe da Seção Socioambiental.
Sobre o Programa de Combate ao Stress Organizacional
Promovido pelo programa Trabalho Seguro, o projeto está alinhado com os temas estratégicos que devem ser trabalhados pelo programa. As oficinas de Combate ao Stress Organizacional iniciaram em outubro de 2017 e contaram com a participação de 100 servidores, atuantes nas Varas do Trabalho de Belém, Ananindeua, Marabá, Macapá, Parauapebas e Abaetetuba.
Com a temática "Queremos te ouvir", a ação foi coordenada pela Secretaria de Gestão de Pessoas do TRT da 8ª Região, tendo a sua Coordenadoria de Saúde à frente.
Conduzindo as dinâmicas, além da psicóloga do TRT8, Úrsula Gomes, o projeto contou com a participação do psicanalista e psicólogo do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Bruno Farah, que ministrou a primeira palestra.