Servidores são capacitados para atuar nos Centros de Conciliação da Justiça do Trabalho
Servidores do TRT8, que atuam nos Centros de Conciliação da Justiça do Trabalho no Pará e Amapá, estão participando em Belém do 4º Curso de Formação Continuada para Conciliadores e Mediadores. Um total de 22 assistentes de conciliação lotados no CEJUSC de Belém, Macapá e Parauapebas, além de servidores do 2º Grau participam da capacitação.
O curso iniciou nessa terça-feira (07) no espaço do Cejusc Belém, onde são realizadas as audiências de conciliação. No primeiro dia, as juízas do trabalho Erika Bechara e Roberta Santos, respectivamente coordenadora e suplente de coordenação do Cejusc Belém, realizaram dinâmicas com os participantes.
O evento foi aberto pela presidente do TRT8, desembargadora Pastora Leal, que destacou a importância da conciliação e do papel do mediador na solução de conflitos trabalhistas."Vejo que estão todos imbuídos desse sentimento de ajudar o próximo e também de fazer justiça. Me alegra saber que estão fazendo o curso porque é importante a gente sempre se aprimorar e buscar o conhecimento".
Metodologia ativa
Nesta quarta (08), a aula ocorreu em uma das salas de aula da ECAIS e foi ministrada pela juíza do trabalho Claudine Rodrigues. A magistrada utilizou metodologias ativas e realizou atividades práticas em que os participantes tiveram que mostrar como conduzir as audiências de conciliação para o sucesso dos acordos trabalhistas. Os participantes foram divididos em grupos e representaram situações práticas em contratos de trabalho específicos. "Não precisa ter conhecimento da lei porque quem vai julgar é o juiz, mas ele precisa ter um conhecimento razoável para poder aplicar todas as habilidades que eles descreveram no início da aula e quero mostrar para eles que para desenvolver essas habilidades eles precisam ter conhecimento sobre o que está sendo discutido, o que é a lide. As partes precisam ter confiança no conciliador. Do ponto de vista das partes, a confiança no conciliador e no mediador é fundamental. As partes querem sentir confiança. Elas querem que as proposições partam de alguém que tenha um mínimo de habilidade e conhecimento sobre a matéria".
Teoria e prática
O curso termina no próximo dia 17 e tem como objetivo aprimorar os conhecimentos teóricos e práticos dos conciliadores durante as audiências nos CEJUSCs. Entre os assuntos abordados estão os diversos tipos de contratos de trabalho e suas peculiaridades, os aspectos práticos da execução trabalhista e ferramentas eletrônicas aplicáveis, triagem de processos com potencial conciliatório, relações pessoais e empatia.
O técnico judiciário Pedro Brito, servidor do Fórum Trabalhista de Macapá, já fez um curso on line, mas pela primeira vez está tendo a oportunidade de se capacitar presencialmente. Há sete meses ele atua como conciliador. "O curso vem para esclarecer as técnicas que devemos usar no momento da conciliação e o Cejusc existe para amenizar os conflitos. Usamos as técnicas para tentar conciliar e trazer o resultado satisfatório para ambas as partes e, na maioria dos casos, temos resultados satisfatórios e as partes acabam fazendo acordos."
A servidora Marly Santos atua no Cejusc Parauapebas e é a única conciliadora da Justiça do Trabalho naquela região. Há um ano e dois meses na função, ela considera que tem perfil de conciliador. "Para conciliar é importante o diálogo, a empatia, a paciência, a persuasão, ter aquela disposição para conversar e chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes".
Cultura da Paz
A audiência agendada em um Centro de Conciliação tem o benefício de dar oportunidade para as partes exporem seus sentimentos em um ambiente neutro; compreensão do ponto de vista da outra parte por meio da exposição de sua versão dos fatos, com a facilitação do conciliador/mediador; celeridade processual e transformação da cultura do litígio em cultura da paz por meio da conciliação.
Cejuscs
Os Centros de Conciliação da Justiça do Trabalho foram criados obedecendo à resolução 174, de setembro de 2006, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Os Centros de Conciliação da Justiça do Trabalho da 8ª Região funcionam em Belém, Macapá e Parauapebas.
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