CNBB Norte 2 e Igreja Quadrangular apoiam a II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil

As parcerias vão fortalecer a mobilização marcada para 1º de março na capital.
Foto: Desembargadora, juíza, representantes da CNBB e voluntários do TRT8 exibem ventarolas e camisetas da marcha.
— Foto: ASCOM8

A Comissão Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Norte II (CNBB) recebeu, na tarde desta terça (21), as gestoras da Comissão de Combate ao trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT8. Na visita, a desembargadora Zuíla Dutra e a juíza Vanilza Malcher apresentaram as peças da II Marcha de Belém contra o trabalho infantil e pediram apoio da entidade para  o evento, que deve mobilizar cem mil pessoas nas ruas de Belém no dia 1º de março de 2020.

A parceria com a CNBB Norte II é antiga, vem desde 2015 quando foi realizada a 1ª Marcha de Belém Contra o Trabalho Infantil. De acordo com a coordenadora da Comissão Justiça e Paz, irmã Henriqueta Cavalcante, existe um compromisso de participar novamente da mobilização porque o combate à exploração de crianças e adolescentes é uma luta da CNBB. "Nós abraçamos a II Marcha com o desejo enorme de contribuir e dar visibilidade à uma chaga que está exposta no nosso estado que é o trabalho infantil. Para nós é muito importante e é esperançoso ao mesmo tempo. A Marcha é o espaço da visibilidade, da conscientização, da participação e do compromisso. Para nós é prazeroso poder contribuir e apostar nessa luta que tem que avançar cada vez mais com força, fé e sobretudo com unidade".

A socióloga Norma Miranda, consultora na área de violação de direitos humanos, também é parceira da Comissão e sugeriu mobilizar os municípios para participar da II Marcha de Belém. "Os municípios é que executam as políticas voltadas para o enfrentamento do trabalho infantil, então é importante envolver os municípios para que eles trabalhem suas agendas, participem e estejam antenados e à frente da defesa dessa grande violação de direitos humanos que é o trabalho infantil. Penso que a participação dos municípios vai acabar instigando cada município a fazer sua marcha para que cada vez mais essa questão do enfrentamento do trabalho infantil tenha visibilidade".

A presidente da Academia Paraense de Jornalismo, Franssinete Florenzano, que integra a Comissão Justiça e Paz da CNBB Norte II, confirmou participação das entidades em que atua no evento. "Participamos da primeira marcha há cinco anos, continuamos juntas todos esses anos e sabemos da enorme importância de mobilizar e participar em favor das crianças porque criança tem que estudar e brincar. Criança não deve trabalhar", afirmou.


 

Comunidade evangélica
 

Pastores de igrejas evangélicas também aderiram à II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil. A reunião entre as gestoras da comissão do TRT8 e cerca de cem pastores foi realizada no Templo Labaredas de Fogo, uma igreja do Evangelho Quadrangular que existe há mais de 30 anos no município de Ananindeua, no Pará.