Escola judicial inova e realiza oficina com metodologias ativas on-line

Oficina foi ministrada pela juíza Nazaré Medeiros Rocha, titular da 7ª Vara do Trabalho de Belém.
Captura de tela mostra um slide com o nome da oficina. No canto direito da tela, um mosaico de alguns participantes.
— Foto: EJUD8

A Escola Judicial da Oitava Região Trabalhista realizou sua primeira oficina com metodologias ativas 100% on-line, durante o Curso de Formação, realizado no período entre 17 e 28 de agosto deste ano.

Durante a oficina “Trabalho Remoto Eficiente - Organização e Gerenciamento da Vara do Trabalho e dos Serviços Jurisdicionais Respectivos”, os participantes tiveram como desafio a construção de um plano de gestão do trabalho virtual, através da metodologia ativa.

Foi levada em consideração a operacionalização e o funcionamento da unidade judiciária, os instrumentos e as práticas adequadas ao trabalho virtual, a gestão dos servidores (horário, produtividade e meta adequada), o papel do diretor de secretaria e do juiz, foram levados em consideração.

Ministração

A juíza do trabalho Nazaré Medeiros Rocha, titular da 7ª Vara do Trabalho de Belém, foi a responsável por conduzir a oficina. A magistrada estuda e trabalha com o tema desde quando participou do Curso de Formação de Formadores em Metodologias Ativas, realizado no início de 2019 pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT).

O diretor da EJUD8, desembargador Luis Ribeiro, explicou o porquê da escolha da magistrada para ministrar a oficina. “Nazaré Rocha já utilizou a técnica nos 24º e 25º Cursos Nacionais de Formação Inicial (CFI) promovidos pela ENAMAT e no 10º CFI-EJUD8, onde foi muito bem avaliada. Ou seja, procuramos alguém com capacidade no tema e na metodologia”.

Ela afirmou que recebeu o desafio sob duas perspectivas: com o peso da responsabilidade, já que esta foi a primeira oficina com metodologias 100% on-line. E, também, com o entusiasmo dos iniciantes devido ao “novo normal”, pós-pandemia. A magistrada destacou, ainda, a adoção de um novo ponto de vista. “Pensar a realização de uma oficina de trabalho com metodologia ativa realizada de forma 100% virtual, para um número tão significativo de magistrados neste tipo de evento, foi algo completamente inédito para mim, mas que entendo fazer parte deste novo normal”.

Desafio

Para a realização dos trabalhos, um total de 30 juízes foi distribuído em grupos de até 6 pessoas em 5 salas virtuais. A utilização da ferramenta eletrônica “Miro” - utilizada para a criação de diagramas, mapas mentais etc., funcionou como um diferencial para o sucesso da oficina, já que incitou a interação entre os magistrados participantes.

A juíza comentou o processo e enfatizou a importância da ferramenta escolhida. “Depois da inquietação inicial, normal neste momento novo que assusta um pouco, penso que conseguimos alcançar o objetivo. A escolha da técnica empregada e da plataforma eletrônica que foi utilizada na Oficina, mostrou-se eficaz, pois, ao final, conseguimos construir coletivamente e compartilhadamente o Plano de Gestão de Trabalho Virtual”.

Ensino

A magistrada levantou ainda a possibilidade da realização de mais oficinas EaD, pela Escola Judicial, uma vez que foi registrado um maior número de participação de magistrados em cursos à distância. “A expertise de participação de cursos à distância, adquirida por um maior número de Magistrados durante esta pandemia, abre um leque de possibilidades para que as Escolas Judiciais treinem seus juízes de forma mais intensa, visto que na forma presencial, no geral, eram realizados um curso por vez no espaço físico da Escola, enquanto que na modalidade EAD podem coexistir concomitantemente mais de um curso por vez, colaborando para o alcance de aprendizado amplificado”, concluiu a magistrada.