TRT8 cria Programa de Combate ao Stress Organizacional

o adoecimento advindo dos chamados transtornos mentais vem sendo objeto de muitos estudos e manifestações de organizações no mundo inteiro
Programação do evento
— Foto: ASCOM8

Apontado como um dos principais problemas do mundo contemporâneo, o adoecimento advindo dos chamados transtornos mentais vem sendo objeto de muitos estudos e manifestações de organizações no mundo inteiro. O stress é um dos estados mais comuns de alteração de estado emocional, e disparado por diversas formas que o estimulam.

Atento a essa questão, o TRT da 8ª Região, por meio da sua Coordenadoria de Saúde, vem desenvolvendo uma série de ações que buscam o atendimento de seu público interno de magistrados, servidores e estagiários, como palestras, participação em campanhas como o Setembro Amarelo, realização do programa de controle médico e saúde ocupacional (PCMSO) etc.

Diante da observação dos resultados levantados nas pesquisas de clima organizacional, na compilação dos dados do PCMSO e do levantamento dos itens que nortearam a política de gestão e tratamento dos riscos, em que a questão da saúde apareceu como primeiro dos 10 pontos mais relevantes de riscos apontados, o tribunal desenvolveu, com o apoio do programa Trabalho Seguro e da ECAISS, um programa de combate ao stress organizacional, que visa criar ambientes de escuta para que, inicialmente, os servidores possam sinalizar formas de intervenção no ambiente de trabalho, visando a sua melhoria constante.

O excelente resultado obtido pelo TRT8 junto ao IPC-Jus do Conselho Nacional de Justiça, tomando por base os dados de 2016 e que apontam o nosso Regional como um dos 4 TRTs mais eficientes do Brasil é motivo de celebração, mas também de atenção, diante da realidade de escassez de pessoal em que nos encontramos. O atendimento do jurisdicionado com qualidade sendo nosso principal objetivo, sem perder a atenção no público interno, responsável pela construção coletiva desses resultados, porque uma instituição é feita, sobretudo, de pessoas.

Para manter sua trajetória de crescimento e inovação, o TRT8 precisa ouvir o público que o faz e entender como pode melhorar seus processos, seus sistemas e fluxos de trabalho, visando a equalização entre qualidade de vida, melhoria do atendimento e alcance das metas e resultados.

Inicialmente focado no trabalho com os servidores, o programa ocorrerá no período de setembro a dezembro de 2017, com desdobramentos para os magistrados no próximo ano, e será coordenado pela Secretaria de Gestão de Pessoas, por meio da Coordenadoria de Saúde, tendo nossa área de psicologia à frente, contando com o apoio e consultoria do professor Bruno Farah, que já esteve em nossa Regional como palestrante de seminário que tratou sobre o tema.

A participação é voluntária e as inscrições podem ser feitas com mensagens enviadas diretamente para o e-mail da servidora Úrsula Gomes (ursula.gomes@trt8.jus.br) de 13 a 22 de setembro.

 

Para compreender melhor como funcionará as atividades do programa, entrevistamos a psicóloga do TRT8, Úrsula Gomes:

ASCOM: Qual o nome do Programa?

Úrsula: Programa de combate ao Stress

ASCOM: Qual o público-alvo do programa neste momento?

Úrsula: O programa está destinado a servidores e futuramente magistrados. Na primeira etapa que ocorrerá neste ano, primeiramente será destinados a servidores de Varas do Trabalho e área administrativa. Esperamos que a continuidade do programa englobe servidores de gabinete e magistrados.

ASCOM: Qual a proposta do programa?

Úrsula: A proposta do programa é entender juntamente com os servidores como está o nível de stress da instituição, quais principais fatores que levam ao adoecimento e ocorrência de situações assediantes e quais propostas para mudança e melhoria deste contexto.

ASCOM: Quais motivos que levaram o TRT8 a implementar o programa?

Úrsula: Interesse da administração de entender, pela perspectivas dos servidores, o que pode ser feito para apoiar a melhoria dos índices de saúde e stress.

ASCOM: Como ele será desenvolvido no TRT8?

Úrsula: Em consultoria do psicólogo Bruno Farah, servidor TRF2 que trabalha o tema de depressão e assédio organizacional, nós realizaremos grupos de discussão que resguarde o sigilo dos participantes, para refletir em cima do tema proposto. Esses grupos tem espaço para até 20 participantes e ocorrerá tanto na sede como em alguns pólos fora da sede.

ASCOM: Qual o cronograma?

Úrsula:

Dias 02 e 03 de outubro realizaremos dois grupos distintos, um com servidores de Varas de Belém e outro com os Secretários de Audiência das Varas do Trabalho de Belém, na ECAISS.

Dia 04 de outubro realizaremos um grupo com servidores da área administrativa que não possuem FC ou possuem até FC-4, também na sala de aula da ECAISS.

Dia 05 de outubro será a vez dos servidores das Varas do Trabalho de Abaetetuba, e realizaremos naquele município.

Dia 06 de outubro será a vez dos servdiroes das Varas do Trabalho de Ananindeua, Santa Izabel e Castanhal, e os reuniremos no Fórum de Ananindeua.

Dia 16 de outubro realizaremos novo grupo da área administrativa que possuem FC-5 e FC-6, na ECAISS.

Dia 17 de outubro será a vez do grupo que integram as 8 Varas do Trabalho de Macapá, naquele Fórum Trabalhista.

Dia 19 de outubro realizaremos a reunião com o grupo dos servidores das Varas do Trabalho de Marabá.

Dia 20 de outubro será a vez do grupo de participantes de Parauapebas.

ASCOM: Como fazer parte do programa?

Úrsula: Para fazer parte do programa basta encaminhar e-mail para a psicóloga: ursula.gomes@trt8.jus.br confirmando a participação voluntária e informando os seguintes dados: lotação e função, logo em seguida será encaminhado o inventário de stress para ser preenchido. É importante que os servidores olhem o calendário, pois há alguns grupos específicos como o de secretário de audiências e da área administrativa sem função ou com função até FC-4 e outro grupo de servidores de área administrativa que são chefes de seção (FC-5 e FC-6).

ASCOM: Quais as áreas envolvidas na realização?

Úrsula: A comissão é composta pelo Diretor de Gestão de Pessoas, pela Coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas, pelo Assessor de Comunicação e por mim, psicóloga do TRT8.

ASCOM: Além da Administração do TRT8, o programa é patrocinado por alguma frente específica de trabalho do TRT8? E contará com consultoria?

Úrsula: O programa de combate ao stress tem o apoio do Programa Trabalho Seguro e contaremos com um convidado, o psicólogo do TRF da 2ª Região, Bruno Farah, que atuará na elaboração e execução das ações.

ASCOM: Algum ponto relevante do Programa?

Úrsula: Essa é uma rica oportunidade para discutirmos os fatores que têm interferido na nossa saúde e bem-estar no trabalho, de forma sigilosa e com esforço para melhorarmos nosso ambiente laboral. Todos precisam reconhecer a importância deste espaço, principalmente no contexto que a Justiça do Trabalho está vivendo, para se tornarem participantes voluntários e dar voz às demandas internas.

 

Conceito da Campanha

Com o desafio de elaborar material que permitisse uma conexão direta com o ato de ouvir, ao mesmo tempo em que não poderia se desconectar de um dos problemas principais causado por transtornos como o stress e a sensação de falta de compreensão, a Assessoria de Comunicação Social se socorreu das artes plásticas e elaborou materiall com base na obra do pintor norte-americano Edward Hopper, conhecido como “o pintor da solidão.”

“Pintor, artista gráfico e ilustrador, Hopper é conhecido por suas misteriosas pinturas de representações realistas da solidão na contemporaneidade. Em ambos os cenários, urbanos e rurais, as suas representações de reposição fielmente recriadas refletem a sua visão pessoal da vida moderna americana.

Realista imaginativo, esse artista retratou com subjetividade a solidão urbana e a estagnação do homem, causando ao observador um impacto psicológico. A obra de Hopper sofreu forte influência dos estudos psicológicos de Freud e da teoria intuicionista de Bergson, que buscavam uma compreensão subjetiva do homem e de seus problemas. O tema das pinturas de Hopper são as paisagens urbanas, porém, desertas, melancólicas e iluminadas por uma luz estranha. "Os edifícios, geralmente enormes e vazios, assumem um aspecto inquietante e a cena parece ser dominada por um silêncio perturbador". (WikiPédia)

Além disso, o primeiro cartaz da campanha se utiliza das linhas de Mondrian para dispor a diversidade de informações de forma harmônica e, ao mesmo tempo, “embaralhada”, com atenção para o material, que utiliza as cores da obra do pintor nas fontes em que dispõe as informações.

O desdobramento se dará com os cartazes sendo confeccionados com diversas obras de Hopper e personalizados para cada localidade e grupo que participará dos encontros propostos.