Curso de Libras capacita servidores a lidar com pessoas com deficiência nas Varas do Trabalho do TRT8
A Justiça do Trabalho da Oitava Região realizou, entre os dias 18 e 29 de novembro, na sala de aula da Assessoria de Desenvolvimento de Pessoas (ASDEP), o segundo Curso Básico de Libras. Ministrado pelos professores Cássia Mendes e Erik Araújo, deficiente auditivo,o curso proporcionou conhecimento sobre a lingua brasileira de sinais para servidores, estagiários e voluntários do Regional.
Para a professora de Libras Cássia Mendes iniciativas como esta preparam funcionários para se comunicar e promovem a inclusão. "Cada vez que eu observo que os órgãos, seja público ou privado, se interessam em dar essa oportunidade aos funcionários para aprender a língua brasileira de sinais, que é como os surdos se comunicam, penso como esses órgãos estão oportunizando essa comunicação ".
Segundo a professora, proporcionar essa comunicação no âmbito do TRT8 é um avanço. "Para um atendimento simples, para fornecer uma informação para as pessoas com deficiência auditiva, os servidores estão preparados, mas se for para uma audiência os servidores já não poderão atuar, pois será preciso a figura do tradutor e intérprete , que são profissionais com nível de conhecimento muito mais avançado".
Acessibilidade
Organizado pela Asdep , o curso deslocou para Belém servidores de Abaetetuba, Santarém, Parauapebas, Tucuruí e Macapá. O secretário de audiência da Vara do Trabalho de Abaetetuba , Danilo Duarte, não tinha nenhuma noção da língua de sinais e se interessou pelo curso. "Temos um contato muito grande com o público e o curso vai ajudar a me comunicar . Pelo menos aprendi os sinais básicos e conseguirei chamar o deficiente auditivo a entrar em uma sala de audiência".
A servidora da Asdep, Silvia Pereira, explica que cada unidade, principalmente as que tem contato com o público, como a Central de Atendimento e o Núcleo de apoio das Varas do Trabalho enviaram servidores. "O Tribunal nos proporcionou esse curso porque cada vez mais está se importando com essa palavra, acessibilidade" Silvia fez o curso pela segunda vez e destaca que o objetivo é multiplicar esse conhecimento "A intenção é que toda a oitava região tenha pelo menos dois servidores preparados para se comunicar com o deficiente auditivo e possa repassar todo esse conhecimento que aprendeu aqui".
Estudantes e voluntários
Estagiários de Direito e voluntários também fizeram o curso. "Foi uma oportunidade muito boa saber libras para o caso de algum dia poder ter uma comunicação efetiva com uma pessoa surda", disse o estudante João Víthor.
A estagiária Patrícia Negrão considerou importante a integração. "Nós estamos aqui tendo novas experiências porque apesar de ser uma língua oficial a gente não aprende e acaba não tendo o contato com essa comunidade".
Para a estudante Ana Souza todos somos responsáveis pela inclusão. "Nós temos obrigação de fazer uma comunicação adequada com qualquer pessoa que venha procurar o TRT8 e isso é uma responsabilidade nossa e uma atitude muito acertada do Tribunal ter esse olhar sensível para essa população carente de práticas nesse sentido".
Encerramento
O encerramento do curso teve a participação da assessora de desenvolvimento de pessoas, Gizele Fernandes, e do servidor Danilo Barbosa , que responde pela unidade administrativa de Acessibilidade e Inclusão do TRT8.Ele elencou as ações de acessibilidade e inclusão já implementadas no âmbito do Judiciário. "O TRT8 tem um mapa tátil na entrada do Edifício Sede, piso tátil, placas em braile e estamos realizando o segundo curso de libras. Isso tudo faz parte de todo esse processo de inclusão que a Oitava Região tem".
Ao final, todos os participantes receberam certificados e fizeram um agradecimento especial todo na lingua brasileira de sinais mostrando um pouco do que aprenderam nas aulas.
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