Comissão de Combate ao Trabalho infantil do TRT 8 retoma atividades presenciais

Durante essa semana cerca de 22 afilhados do projeto participaram de atividades no TRT8
Alunos da oficina de violão durante a primeira aula no TRT8
— Foto: ASCOM8

No decorrer desta semana, a Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT8 recebeu a visita de 22 afilhados do projeto, sendo que 10 irão integrar o quadro de Aprendiz no TRT 8, e 12 são alunos da oficina de violão, que está sendo realizada na sede do Tribunal do Trabalho, no Umarizal.

A juíza do Trabalho Vanilza Malcher, gestora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, explica sobre essa retomada das atividades presenciais. "Durante quase um ano ficamos sem atividades presenciais aqui no Tribunal, e essa semana recebemos, na quarta-feira, 10 novos jovens que serão admitidos como aprendizes pelo Tribunal Regional do Trabalho e 12 afilhados que irão participar do curso de violão no período de três meses. Nós estamos muito felizes, estávamos ansiosos para esse encontro. Aqui é uma casa de Justiça, mas é uma casa de Cidadania", comemora.

Durante o período da pandemia, as atividades da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil não pararam, foram realizadas campanhas de doação de alimentos para Macapá; campanha de doação de resmas de papel para os alunos de escola pública; campanha do Círio 2020, com a doação de alimentos, e, este ano, uma nova campanha do Círio já está em andamento com as doações e participação de todos da sociedade. "As atividades da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil serão frequentes com a volta do presencial, como sempre foi durante a pandemia", pontua a juíza do Trabalho.

Para participação na oficina de violão foram selecionados os alunos que tinham aptidão para a música. "Essa semana foi nosso primeiro encontro. Serão 12 afilhados que manifestaram interesse pela música. Fizemos essa seleção entre os alunos e, entre os escolhidos, temos também alunos com deficiência, e estamos proporcionando a inclusão de todos".

Entre os alunos as jovens Vitória Corrêa, Renata Emanuele e Taís de Souza irão participar das oficinas de violão, e comemoram essa oportunidade e têm consciência sobre dizer não ao trabalho infantil. "Eu, quando era criança, sempre quis aprender a tocar violão, e vou abraçar essa oportunidade. Tudo o que puder aprender e levar para a minha vida, eu quero levar", conta a estudante Taís de Souza.

Raimunda Gomes, manipuladora de alimentos, mora em Ananindeua e é mãe da aluna Luane Vitória, de 17 anos, e estava muito feliz com essa oportunidade. "Eu achei interessante, porque os jovens vão participar. A minha filha faz o curso de prevenção acidentes de trabalho. Todos os meus filhos participaram aqui das atividades do programa e hoje já formamos uma família. Estou muito grata por esse projeto. Muito importante para os jovens, que dão novas oportunidades".

O instrutor da oficina, Kalebe Rendeiro, comemorou em poder compartilhar seu conhecimento com os jovens. "Estou muito feliz, é a primeira vez que estou me envolvendo com este projeto, que já conheço há muito tempo. Estou bastante empolgado e espero que os alunos gostem da aula de violão".

O curso de violão intitulado "Acorde sem trabalho infantil", será realizado no período de três meses, na sala da Comissão do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, sempre às terças e quintas-feiras, no horário de 9h às 10h e de 10h às 11h.

AprendizesOs 10 novos jovens que irão atuar como Aprendiz no TRT 8 tiveram um primeiro encontro com a coordenação do Programa de Combate ao Trabalho Infantil na quarta-feira, dia 08, onde puderam ouvir depoimentos de padrinhos e gestores do programa, destacando a importância deste momento na vida de cada um deles.

A desembargadora do TRT8, Zuíla Dutra, integrante da Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem e gestora regional do programa, pontuou aos jovens a importância de terem disciplina, amor e importância para este momento na vida de cada um. "Vocês estão escrevendo um capítulo no livro da vida de vocês, abracem essa oportunidade com disciplina, comprometimento e estudo. A aprendizagem é um direito de todo adolescente a partir dos 14 anos, assegurado no Estatuto da Criança e do Adolescente, e que representa a porta de entrada, o caminho seguro para o trabalho consciente para o primeiro emprego de uma forma digna", finaliza a desembargadora.

Veja as fotos registradas do encontro com os jovens aprendizes.

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