Trabalho escravo na Amazônia foi tema da última palestra da Semana Institucional do TRT8

 Ricardo Rezende, antropólogo e pesquisador conduziu a apresentação
Foto da presidente do TRT8, desembargadora Graziela Leite Colares
— Foto: ASCOM8

Um panorama sobre a história do trabalho escravo na Amazônia foi o tema da última palestra da IX Semana Institucional da Magistratura do TRT8, proferida pelo antropólogo Ricardo Rezende Figueira, professor da UFRJ e coordenador do Grupo de Trabalho de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo. Ele contou que chegou ao Pará em 1976, mesmo ano da primeira sentença no Brasil proferida sobre trabalho escravo, assinada pelo então juiz do Trabalho e hoje desembargador aposentado, Vicente Malheiros. “Eu morei por 20 anos no Pará. Cheguei no ano de 1976, na época do trabalhador Zezinho...e o trabalho escravo sempre foi uma ferida suja no Pará e na Amazônia”, pontua.

O professor relatou várias situações degradantes de trabalho escravo que infelizmente ainda é realidade em nosso país. “Trabalho degradante, exaustivo, é considerado trabalho escravo... Lembro que o ministro Nelson Ribeiro, que é paraense e quando esteve à frente do Ministério da Reforma e Desenvolvimento Agrário, fez um relatório sobre o trabalho escravo”, conta. Rezende citou situações de trabalho escravo ocorridas com paraenses e informou sobre um documentário de trabalho escravo no HBO, canal de TV por assinatura.

A juíza do Trabalho de Altamira, Elinay Almeida Ferreira, agradeceu ao professor Ricardo por reflexões tão esclarecedoras em relação ao trabalho escravo. A titular da 3ª VT de Marabá, juíza Bianca Libonati Galucio, compartilhou da mesma opinião. “Palestra enriquecedora, parabéns professor Ricardo”.

O diretor da EJUD8, desembargador Walter Paro, agradeceu ao palestrante por passar aos magistrados toda a história do trabalho escravo. “Nos já conhecemos sua caminhada de vida na sua luta contra o trabalho escravo”.

 

Administração do TRT8 – No segundo momento da programação, a presidente do TRT8, desembargadora Graziela Leite Colares, falou com um público de mais de 150 pessoas, formado por magistrados e servidores, e disse que o momento era um olhar mais humano para as questões que envolvem as demandas para a área administrativa, que vem sofrendo com a falta de servidores. “Queremos aproximar ainda mais a área administrativa da área judiciária, por isso chameii essa reunião para que possamos conhecer mais sobre a forma de atuação da nossa estrutura administrativa”, pontua.

Logo em seguida, o diretor-geral do TRT8, George Rocha Lima Pitman Júnior, fez uma explanação sobre como funciona a administração do Tribunal. A diretora da Secretaria Administrativa e Ordenadora de Despesas, Regina Uchôa de Azevedo, explicou como funciona a questão de orçamentos e despesas, esclarecendo dúvidas dos desembargadores e magistrados presentes. Para encerrar, o diretor da Secretaria de Gestão de Pessoas, Rafael Pinheiro, esclareceu o formato de funcionamento da SEGEP.

Ao final, os participantes ficaram muito satisfeitos com a apresentação. A juíza do Foro de Parauapebas, Núbia Soraya da Silva Guedes, parabenizou a todos da equipe administrativa. “Parabenizo a Regina e todos os servidores da área administrativa pelo trabalho que tem feito, diante deste contexto tão difícil”. O titular da 2ª VT de Macapá, juiz Harley Wanzeller Couto da Rocha, ressaltou a importância da colocação feita pela presidente do TRT8. “Importante a visão de unicidade trazida pela gestão. A juíza Amanda Cristina Miléo Gomes de Mendonça, da 2ª VT de Marabá, agradeceu e fez um reconhecimento em público pelo “trabalho realizado por todo o pessoal da área administrativa, na pessoa do George, Rafael e Regina, aqui presentes”.