Agentes da Polícia Judicial do TRT8 participam de formação continuada.
A formação continuada para os policiais judiciais do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região (TRT8) iniciou na segunda-feira (18), na sala de aula da ECAISS, com o assunto "Comportamento de Autoproteção" e tem como objetivo desenvolver habilidades que permitam aumentar o nível de proteção individual, estando ou não no exercício da atividade, visando reduzir os riscos diários. Os instrutores são o Tenente Rodrigo Aleixo Melo Dos Santos e o Coronel Fabrício Silva Bassalo, ambos da Polícia Militar do Pará.
O coordenador da Coordenadoria de Segurança Institucional, Coronel André Luiz Cunha, disse que os exercícios ajudam a aprimorar a capacidade de operação dos agentes, visando uma abordagem mais ostensiva e humanizada. “O curso vem complementar a formação dos policiais judiciais, principalmente no que tange o uso de armas de fogo. No ano de 2021, os policiais fizeram uma formação de armamento e tiro para uso de pistola calibre ponto 40, esse armamento eles usam no serviço diário. Esse curso de conduta de autoproteção objetiva dar a eles a capacidade de como se portar no serviço na parte de escolta armada quando estiver em atividade externa evitando a exposição do agente”, disse.
Uma das principais causas de morte dos policiais é o latrocínio - roubo com resultado morte, para a subtração do armamento do agente, depois vem homicídio e acidentes de trânsitos. Segundo os instrutores, de quatro mortes de policiais, em três os agentes estavam de folga. Os agentes aprenderam sobre os riscos que estão sujeitos no desenvolvimento de suas atividades e foram ensinados a como identificar a vitimização, aspecto social do crime, a criação de cenários mentais, a exposição à criminalidade e estratégias comportamentais de autoproteção.
Um dos alunos é o policial judicial Edson Queiroz que está há 16 anos atuando na Coordenadoria de Segurança Institucional do TRT8 e explicou que, “esse curso de autoproteção policial vem com um aspecto comportamental nas nossas ações, em um momento em que estamos uma transição de agente de segurança para agente de polícia judiciária, viramos polícia muito rápido, mas não tínhamos atitudes de polícia. Essa capacitação vem como uma complementação para que consigamos ter uma atitude de preservar a nossa vida, dos familiares e do próprio Tribunal”.
O psicólogo da Polícia Militar do Pará, Major Iuri, instrutor do curso, disse que esse trabalho surgiu em decorrência do aumento no número de policiais vitimados, visando uma melhora na capacitação dos policiais Judiciais e mudança de comportamento.“Estamos nessa empreitada para capacitar os policiais a como se portar diante de situações que ponham em risco a vida deles, a tomarem mais cuidados tanto durante sua folga e no serviço. O nosso objetivo é preservar vidas”.
Segundo dia - A capacitação seguiu com a parte prática do curso, os agentes tiveram aulas de tiro, que ocorreu no segundo Batalhão de Infantaria de Selva (2ª BIS) do exército brasileiro. “Tivemos a parte prática de tiro reativo, voltado para essa conduta de autoproteção, é uma prática de quando o agente está sofrendo uma tentativa de ataque de algum criminoso para tentar tomar a sua arma ou tenta imobilizar, então, essas formações são ensinar os nossos agentes a como reagir diante de uma situação dessa”, finalizou o Coronel André Luiz Cunha.
Serviço:
Período: de 18 de abril a 10 de maio.
A formação contempla dois cursos: "Comportamento de Autoproteção" e "Noções Básicas de Radiocomunicação para Atividade de Segurança" divididos em três dias. Foram ofertadas cinco turmas, sendo que a 5ª turma foi desenvolvida para Oficiais de Justiça em dois dias de curso.