Aleitamento materno e responsabilidade social foram temas de roda de conversa no TRT-8

O evento fez parte da programação da Semana da Reciclagem
Captura de tela da roda de conversa sobre aleitamento materno e responsabilidade social
— Foto: ASCOM8

“Aleitamento materno e responsabilidade social: uma mãe ajuda a outra” foi o tema de uma roda de conversa promovida no dia 26 de maio pela Seção de Sustentabilidade do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. A ação fez parte da programação da Semana da Reciclagem e contou com as parcerias do Comitê de Incentivo à Participação Feminina, do Projeto Bombeiros da Vida e do Projeto Maio Furta-Cor. 

O evento foi aberto à participação de todos os magistrados, magistradas, servidores e servidoras, com o objetivo de proporcionar diálogos a respeito da temática. Segundo a chefe da seção de Sustentabilidade, Luisa Leão, “A ideia surgiu, inicialmente, por ouvir de algumas colegas servidoras que são mães a necessidade de promover discussões específicas para esse público, considerando, por exemplo, os desafios do retorno ao trabalho após a licença maternidade”, explicou. 

Na abertura da roda de conversa, a  juíza do Trabalho Bianca Galucio falou acerca dos direitos das mulheres grávidas e puérperas e da Resolução N.º 069/2021, que dispõe sobre o desempenho de atribuições funcionais fora das dependências do Tribunal, com a utilização do teletrabalho por servidores da Justiça do Trabalho da 8ª Região. De acordo com a resolução, gestante e lactantes  têm direito a prioridade no teletrabalho.   

Jennifer Andrade, psicóloga clínica e perinatal, destacou a importância da rede de apoio que as mães necessitam e os cuidados com a saúde mental no período de gestação e pós-parto. “A saúde emocional tem muito a ver com a amamentação, porque a mulher que não está bem psicologicamente pode ter a sua amamentação afetada. No meio da pandemia os números de depressão pós-parto e burnout materno aumentaram muito”, frisou. 

A psicóloga enfatizou ainda os conceitos criados a respeito da maternidade que podem causar frustrações e adoecimento, já que a realidade do maternar carrega consigo inúmeros desafios. “A maternidade é vista de forma idealizada, como se a mulher estivesse realizada, plena, e a vida real não é bem assim, a gente não nasce com esse chipzinho de maternidade e vem sabendo como cuidar de um bebê”, disse. 

Além de promover o diálogo sobre a rede de apoio, desafios da amamentação e do retorno ao trabalho após o período de licença maternidade, a programação também contou com a palestra da representante do projeto Bombeiros da Vida, cabo Carlena Figueiredo, a respeito das doações de leite materno e sobre a maneira correta de coletar e armazenar o material.