Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado com histórias de superação ao preconceito
Três histórias de vida diferentes mas todas com o mesmo sentido, o amor e a superação. Mariana, Luísa e Samanta moram em cidades diferentes: Belém, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, respectivamente, mas trazem para a rede mundial de computadores a tradução do amor, o dia a dia delas e o protagonismo em representar portadores de síndrome de Down.
Mariana com apenas cinco anos já adorava gravar vídeos feitos pela mãe Carolina Azevedo. Hoje o seu perfil no Instagram (@omundoodamariana) tem mais de 10 mil seguidores e traz o dia o dia da criança, sua rotina na aula de natação, as receitas, brincadeiras, mas o que encanta é o sorriso e alegria. O perfil administrado pela mãe fez um vídeo com um mensagem: "Feliz demais em celebrar esta data com pessoas tão presentes como vocês. Como muitos sabem nosso objetivo por aqui é chegar um pouco mais perto da realidade por traz da Síndrome de Down, mostrar ao mundo não só o potencial de desenvolvimento que eles têm, mas também o de Amar, que é imensurável... A Mariana nos ensina no dia a dia a nunca jogar a toalha e dar como perdido. Me sinto orgulhosa dela. Feliz dia para minha filha e para todas as famílias envolvidas e apaixonadas por essa causa. É amor".
A atriz Samanta Quadrado se destaca em sua primeira novela em horário nobre, mas o sonho da atriz é ser Rainha de Bateria de uma escola de samba, e porquê não a escola de samba do coração, Acadêmicos do Salgueiro. Ela tem 34 anos, é portadora de Down e namora o ator Breno Viola, também portador SD, e pretende celebrar a união com uma festa de casamento bem linda. Em revista ao jornal Extra, a atriz conta que, com a sua primeira aparição na novela, recebeu muitas mensagem de carinho. Sobre a data do dia 21 de março, Samanta Quadrado afirma que essa data é importante para nos enxergarem como somos. Sou feliz por ter conquistado muitas realizações, mas quero que todas as pessoas com deficiência intelectual tenham seus espaços na sociedade. Todos podem alcançar seus objetivos, basta lutar. A luta contra o preconceito não acabou, acham que não somos capazes.
E na data de hoje, a mineira Luísa Carmargos, 28, a primeira relações públicas formada no Brasil com Síndrome de Dow, lança a segunda temporada do seu podcast chamado "Inclusive Luísa", que estreou em setembro do ano passado. A vinheta de abertura do programa traz uma mensagem emblemática que diz: "Todo mundo cabe no mundo, e o mundo fica melhor quando todos cabem nele. Inclusive Luísa". São oito episódios na temporada e ela conversa descontraída com o Wallysson Santos, também portador de SD, e conta sobre sua rotina, o que mais gosta de fazer e as mudanças impostas pela pandemia. Vale a pena conferir o podcast nas plataformas digitais.
Luísa Camargos em entrevista à TV Globo de Belo Horizonte afirma que está muito orgulhosa do seu trabalho. "É muito legal apresentar o podcast e dar protagonismo e visibilidade para as pessoas com algum tipo de deficiência".
TRT8 – Em julho de 2018 foi criada no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI), com objetivo de assegurar às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida o pleno exercício dos seus direitos, promovendo ações eficazes que propiciem a sua inclusão e adequada ambientação.
A CPAI convida você neste dia, rever os estereótipos construídos sobre os portadores de Down. Muitas vezes são veiculadas ideias de infantilização dessas pessoas, além de associá-las com determinadas características, como afetividade ou agressividade.
Olhar as pessoas para além de determinados marcadores sociais é fundamental para construir relações de equidade e respeito. Isso não significa, de modo algum, ignorar tais marcadores, como deficiência, gênero, raça, entre outros, mas implica em olhar cada indivíduo como um ser integral.
*Com informações do G1 Pará, G1 BH e Jornal O Extra.