Justiça do Trabalho da 8ª Região realiza workshop de saúde mental com os Gestores e Chefes de Divisão
Gestores, Substitutos e Chefes de Divisão do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), participaram do Workshop "Gerenciando Conflitos e Superando Crises", promovido pelo Comitê Gestor Integral de Atenção à Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, com o apoio da Escola de Capacitação e Aperfeiçoamento de Servidores Itair de Sá e Silva (Ecaiss), das Seções Socioambiental e da Psicosocial da Coordenadoria de Saúde (Codsa).
Cuidar principalmente da saúde existencial, que é um fator de proteção inclusive à vida contra os processos autodestrutivos, isso serve para que os servidores não possam se acovardar, e aprenderem a ser e querer bem, como apresentou a instrutora e psicóloga Karina Okajima Fukumitsu.
“O nosso workshop foi desenhado para falar sobre crises existenciais. Quem não passa por conflitos interpessoais, quem não tem dificuldades, quem não se sente ameaçado e com medo, qual a sensação de impotência, de falta de controle? Há muito tempo tenho trabalhado com as da saúde existencial, então a grande importância é que a gente não chegue ao extremo de acreditar que a morte seria alguma alternativa”, explicou a psicóloga.
Nas atividades desenvolvidas, os gestores responderam perguntas que os fizeram refletir sobre o passado e o que isso afeta no presente. Ao ajudar os servidores a entenderem sobre as suas emoções, sobre suas próprias dificuldades e o porquê de terem essas dificuldades, é importante para que desenvolvam um bom processo de trabalho no âmbito do Tribunal. "O momento tem o objetivo de habilitar as pessoas a olharem para suas próprias questões existenciais, para os seus próprios conflitos e para que a gente possa encontrar formas e estratégias da gente realmente se cuidar e se olhar”, finalizou Karina Fukumitsu.
Thamiris Moura Leite, assistente social do TRT-8, falou que o workshop “gerenciando conflitos e superando crises” é para que os gestores possam refletir nesse momento o que é crise e quais são questões naturais da vida da sua equipe de trabalho. “A todo momento a gente tá enfrentando conflitos, quando você tá numa equipe, esse tema é mais central ainda, saber identificar um conflito, saber conduzir da melhor forma possível, principalmente em grupos, de forma participativa”, explicou.
Esse momento de reflexão faz com que os gestores não transformem trabalho em emprego. Segundo Karina, trabalho é quando a gente extrai prazer, satisfação no que se faz, emprego é ir por obrigação. A rotina, os processos de estresse, começam a causar no trabalhador a síndrome de Burnout - que é o esgotamento profissional e distúrbio com sintomas de exaustão extrema. É essencial conversar sobre as questões emocionais no ambiente de trabalho.
Segundo a servidora Luiza Leão, chefe da Seção de Sustentabilidade (Seamb) é preciso falar sobre questões de adoecimento da saúde mental. Quando se fala em saúde existencial no ambiente de trabalho é para que as atividades desenvolvidas no trabalho dêem certo, sem causar sobrecarga ao servidor.
“Temos que trabalhar com gestores sobre crises, conflitos institucionais e organizacionais. Por isso trouxemos uma psicóloga de referência nacional para dialogar especialmente com os gestores, os substitutos e os chefes de sessões, pessoas que lideram alguma equipe, que tão nesse trabalho de frente e que tão nessa lida com pessoas”, explicou Luísa Leão.
Os principais sintomas da Síndrome de Burnout - cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e a alteração nos batimentos cardíacos.