TRT-8 faz ação de conscientização no primeiro "Arrastão do Pavulagem".
As fitas coloridas e os chapéus de palha voltaram a balançar, neste segundo domingo, 12 de junho. Era sinal que o Boi do Pavulagem estava de volta à rua, após 2 anos parados, perto dos brincantes. Nesta data, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, e o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) foi convidado a participar. Com faixas, camisetas e cartazes, a ação do TRT-8 tem o objetivo de conscientizar a população acerca dos males causados pelo trabalho infantil.
A data foi instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2002, para marcar o primeiro relatório sobre o trabalho infantil apresentado na conferência Anual do Trabalho. Para marcar esse momento, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho promoveu um twittaço na sexta-feira (10), com o envolvimento de todos os Tribunais Regionais do Trabalho, o MPT e o CNJ, além de celebridades que contribuíram para que a hashtag #BrasilSemTrabalhoInfantil ficasse entre as 10 mais destacadas nos trend topics da plataforma Twitter. No domingo, dia 12, o compartilhamento de um vídeo de apoio gravado pela apresentadora Fátima Bernardes também atingiu milhares de pessoas nas redes sociais.
Em Belém, embalados pelo retorno do Boi Pavulagem às ruas da capital paraense, uma das voluntárias do programa, Leude Silva, 33 anos, destacou a participação dos padrinhos cidadãos para a conscientização da comunidade que está inserida e mudar a realidade do contexto social. “Esse dia é muito importante para a gente, porque é um dia de luta contra o trabalho infantil e nós, como voluntários, madrinhas e padrinhos do projeto, temos a obrigação de estar aqui, de trazer essa representatividade para o povo, para os nossos jovens e para população, e ver o quão importante é um Brasil sem trabalho infantil”, disse.
O pelotão da luta contra o trabalho infantil, foi formado por mais de 50 pessoas, com a participação de magistradas, promotora, padrinho cidadão, voluntários e organização parcerias. Ao som das canções do Arraial do Pavulagem, que embalam há 35 anos os foliões pelo corredor da avenida Presidente Vargas, foram distribuídos material de orientação e camisas, com gritos que todos devem aprender #BrasilSemTrabalhoInfatil.
A gestora regional do Programa, desembargadora Zuíla Dutra, destacou a parceria entre as entidades para o fortalecimento da campanha, pois o trabalho de ambas instituições é de grande relevância e abrange públicos diferentes. Com isso, a mensagem de combate o trabalho infantil chega em toda a sociedade e a quem mais precisa da informação.
“Hoje, no Dia Mundial da Luta contra o Trabalho infantil, estar nesse evento que preserva a cultura paraense é muito importante, porque o que nós queremos para as nossas crianças e adolescentes é uma vida plena, que possibilite brincar, estudar e acompanhar tudo aquilo que é possível acompanhar para ser feliz. Então, é um dia muito importante porque o Arraial do Pavulagem já é nosso parceiro, já foi nosso parceiro nas duas marchas de Belém contra o trabalho infantil”, pontuou a magistrada.
A segunda gestora regional do Programa, a juíza do Trabalho Vanilza de Malcher, ressaltou a relevância dos movimentos populares no enfrentamento do Trabalho na infância.“A cultura popular unindo a luta, é tudo que nós queremos, porque através da cultura nós também podemos combater o trabalho infantil de forma muito eficaz, porque criança e adolescente se desenvolvendo culturalmente, educacionalmente, é isso que nós queremos pras nossas crianças”, ressaltou.
Pavulagem - O Arraial do Pavulagem é um grupo musical, com mais de 35 anos de história. Durante os meses de junho, julho e outubro promove pelas ruas de Belém o ‘Arrastão do Pavulagem’. É uma manifestação cultural em que todos podem participar e aprender em simultâneo.
A presença da Justiça do Trabalho da 8ª Região neste primeiro arrastão mostrou à toda população que participou do Arraial do Pavulagem a existência de uma luta; e essa luta é de todos! Precisa-se, mais do que nunca, de parcerias que possam atuar juntos, porque lugar de criança e adolescentes é na escola, lugar de criança é brincando, é desenvolvente culturalmente.