TRT8 lança campanha de mobilização em defesa da vacinação das crianças contra a Covid-19

A iniciativa é coordenada pela Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e Incentivo à Aprendizagem, e já conta com mais de 30 apoiadores entre instituições e entidades da sociedade civil
Arte de divulgação da campanha Minha criança vacinada
— Foto: ASCOM8

"Minha criança vacinada" é o tema da campanha de mobilização lançada no último fim de semana pela Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT8, que tem como objetivo principal proteger a infância e prestar informações e esclarecimentos científicos sobre a eficácia da vacina contra a Covid-19 para crianças na faixa etária de 05 a 11 anos.

A gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT da 8ª Região, desembargadora Maria Zuíla Dutra, afirma que, diante do atual cenário de aumento de contaminação, e também considerando que a defesa dos direitos da infância será prioridade do Judiciário em 2022, segundo anúncio feito no 15º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em dezembro, a Comissão, que desde janeiro de 2014 vem promovendo ações com vistas a garantir os direitos de crianças e adolescentes estabelecidos no ECA e no art. 227 da Constituição Federal, decidiu promover a Campanha #minhacriançavacinada, que objetiva contribuir para esclarecer os pais e responsáveis para a importância da vacina na proteção das crianças diante dessa pandemia que tem provocado tanta tristeza, angústia e mortes.

A juíza do trabalho, Vanilza Malcher, também gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil do TRT8, explica que a campanha será desenvolvida exclusivamente pelas redes sociais. "É uma campanha eminentemente virtual. Vamos utilizar cards, produzir vídeos, vamos conclamar toda a sociedade a estar conosco neste grande movimento, que é necessário neste momento de tanta dúvida que a sociedade está tendo sobre este tema. Por isso estamos unidos às duas sociedades médicas, as Sociedades Paraenses de Pediatria e de Infectologia, que é de fundamental importância, pois os médicos que têm o conhecimento técnico e científico. A Comissão de Combate ao Trabalho Infantil do Tribunal do Trabalho da 8ª Região quer conclamar toda a sociedade, para que os pais de crianças de 05 a 11 anos, tão logo a vacina esteja liberada, que levem seus filhos aos postos de saúde, que não temam, que temam a Covid-19, e não a vacina. A vacina é um bem, faz bem e precisamos todos nos vacinar. Vacina sim! Nós queremos minha criança vacinada. Por isso esse é o tema da nossa campanha, minha criança vacinada", finaliza a juíza Vanilza Malcher.

 

Confira a mensagem da juíza do trabalho do TRT8, Vanliza Malcher

 

Estatuto da Criança- A desembargadora Maria Zuíla Dutra ressalta que o art. 14, § 1⁰, do ECA prescreve ser "obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias", e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA já declarou que a vacina infantil contra a COVID-19 não é experimental, mas um imunizante registrado e seguro para proteger as crianças de 5 a 11 anos. "Uma importante declaração da Sociedade Brasileira de Pediatria também nos revela que os estudos realizados apontam a eficácia e a segurança da vacina infantil, como medida fundamental para reduzir as formas graves da COVID-19", pontua a desembargadora.

Coordenador de saúde do TRT8, o médico pneumologista Steven Pinheiro destaca a importância da vacinação de crianças e a importância de se posicionar contra a desinformação causada pela programação de fake news. "Não tenham dúvida! Vacinem suas crianças de 5 a 11 anos. Para quem diz 'Ah! Pode dar miocardite'. Um estudo feito nos Estados Unidos mostra que, de vinte milhões de crianças vacinadas, ocorreram somente dezoito casos de miocardite, leve, com internação e sem nenhum óbito. Pelo contrário, quando a criança não se vacina contra a Convid-19, ela tem 18 vezes mais chances de pegar miorcardite por causa da Covid-19. Essa vacina é segura, não dá reação alérgica e infelizmente a vacinação de crianças tem sido objeto de fake news a desestimulando, e do ponto de vista médico eu acho isso um absurdo. A vacina funciona e deve ser feita, então vacine suas crianças!", reforçou o especialista.

Atualmente a campanha é desenvolvida em parceira com o Ministério Público do Trabalho - PRT PA/AP, o Ministério Público do Estado do Pará, a Sociedade Paraense de Infectologia e a Sociedade Paraense de Pediatria, e com conta com a adesão de diversas instituições, tais como: Funpapa; Comissão Justiça e Paz; Ouvidoria Externa da Defensoria Pública; Clube do Remo; Paysandu Sport Clube; Associação Vaca Velha - São Caetano de Odivelas; PROATIVA do Pará; Escola de Samba da Matinha; Grupo Mundo Azul - Projeto TEA; Frente Nacional das Mulheres com Deficiência; Garoto Futsal Show – Tapanã; Associação dos Advogados Trabalhistas do Pará; Conselho Tutelar II Ananindeua; OSMP - Organização Santas Missões Populares; Império de Samba Quem São Eles; Movimento República de Emaús; Escola Salesiana do Trabalho, Governo do Pará, entre outros.

"Nossa esperança é que a Campanha liderada pela Comissão do TRT8 contribua para a vacinação das crianças, de modo a protegê-las da COVID 19, conscientes de que vacinas salvam vidas!", comemora a desembargadora Maria Zuíla Dutra.

Para mais informações, acesse o site do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região pelo www.trt8.jus.br

 

Confira a mensagem da Procuradora do Trabalho do MPT/ Pa, Rejane Alves.

Confira a mensagem da Promotora de Justiça da Infância e Juventude, Mônica Freire.