VIII Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho debate sobre acessibilidade, capacitismo estrutural, sustentabilidade e empregos verdes

O evento aconteceu no auditório do prédio sede do TRT-8, na tarde do primeiro dia do evento, que segue até o dia 1º de dezembro. 
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— Foto: ASCOM8

Durante a tarde desta terça-feira, 28, o "VIII Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho - identidades, trilhas e horizontes", realizado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região (PA/AP) debateu, em seu primeiro painel, sobre a inclusão no mercado de trabalho ressaltando a importância da transformação estrutural na garantia da acessibilidade. 

O painel trouxe como tema o "Capacitismo e Barreiras Sociais no Ambiente de Trabalho". A mesa foi composta pela chefe da Seção de Sustentabilidade do TRT-8, Luisa Leão, Juliane Cavalcante, psicóloga e pesquisadora sobre deficiência da Universidade Federal de Santa Catarina e, como mediadora, a assessora chefe de Acessibilidade, Diversidade e Inclusão do Tribunal Superior do Trabalho, Ekaterine Sofoulis. 

"O capacitismo é a base de muitos pontos de violência. Está na base da violência em relação à mulher, na desvalorização do trabalho feminino, escravização de pessoas em relação aos seus corpos, raça e origem. É o capacitismo que origina essa forma de discriminação e de exclusão das pessoas por serem quem elas são", pontuou Luisa Leão.   

A psicóloga Juliane Cavalcante falou sobre a relação de consumo da sociedade estabelecendo uma conexão direta  com o capacitismo. "A lógica de produção faz com que a gente consuma muito e, ao mesmo tempo, faz com que a gente descarte também. É a mesma lógica que está por trás das experiências e vivências, do senso do que é visto em relação às pessoas  com deficiência, nós somos as pessoas descartadas. E, ainda hoje, somos descartadas em várias situações." 

"As pessoas com deficiência trazem consigo infinitas potencialidades. E é por conta das diferenças e características próprias de cada ser humano, que se faz necessário que o ambiente de trabalho, tanto físico, como atitudinal, seja preparado para as contribuições de cada um, além, é claro, de também aprender com as diferenças", falou Ekaterine Sofoulis.

Já o segundo painel trouxe como tema "A Sustentabilidade e o futuro do trabalho: empregos verdes e novas perspectivas". E, para debater sobre o tema, foram convidados João Daibes, professor adjunto de Direito do Trabalho e  Processual do Trabalho da Universidade Federal do Pará, Victoriana  Gonzaga, advogada e especialista em Direitos Humanos e, como mediadora, a gestora nacional do Programa Trabalho Seguro, Ananda Tostes. 

"Acho importante aqui agradecer ao convite do TRT-8 e parabeniza-lo pela organização do evento.  Acredito que agora estamos no momento de atribuir essa característica 'do verde' em nosso cotidiano, e já se tornou uma preocupação emergencial", disse João Daibes.

O evento encerrou com a palestra de Ana Laíde, que trouxe um pouco de sua vivência para compartilhar, com o tema "Conexão entre mundos: uma experiência em meio ao caos do rio Xingu."

A programação segue até o dia 1º de dezembro. 

Fotos do painel disponíveis aqui.

 

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