Palestra sobre Inteligência Artificial marca abertura do Ano Judiciário do TRT-8 e o Ano Letivo da EJUD-8

Magistrados (as) e servidores (as) participaram da programação realizada no prédio sede do Tribunal.
Fotografia em ambiente fechado, em primeiro plano um homem branco com cabelos pretos, usa óculos, terno na cor azul escura
Fotografia em ambiente fechado, em primeiro plano um homem branco com cabelos pretos, usa óculos, terno na cor azul escura, camisa branca e gravata quadriculada. 

Nos últimos tempos, vivemos intensamente conectados e bombardeados de informações diariamente, e muitas vezes somos surpreendidos com notícias de golpes e fakes news que fazem uso de avançados recursos tecnológicos. E nós temos a preocupação de checar se a informação que recebemos é verdadeira? Conseguimos medir o impacto desses recursos no aprimoramento ou comprometimento do oferecimento de nossos serviços? Para explicar e apontar os aspectos positivos e negativos do uso de Inteligência Artificial, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, com o apoio da Escola Judicial do TRT-8, promoveu uma palestra sobre o tema. 

“A era da Inteligência Artificial sintética e seus impactos na sociedade e no Judiciário” foi o tema da conferência realizada nesta sexta-feira, 23, no auditório Aloysio da Costa Chaves, no prédio sede do TRT-8. 

O professor doutor da Universidade Federal do Pará, Eduardo Coelho Cerqueira conta que a intenção foi trazer para o público presente do TRT-8, um pouco sobre o que está sendo discutido sobre a Inteligência Artificial (IA) a nível de pesquisa científica e mercado. “Nós também gostaríamos de provocar para entender como a IA  pode impactar o judiciário ou como o judiciário pode se beneficiar da inteligência artificial para avaliar nos seus processos e no seu dia a dia. A inteligência chegou para ficar, isso é irrevesível; ela já é presente em nossas vidas. A IA está se expandindo para as profissões, está na educação, na saúde e no judiciário não será diferente. O objetivo é tentar promover uma discussão para que esse assunto seja feito com ética, com transparência, com cuidado. Se for feito dentro de um critério, e a governança vai trazer muitos benefícios”, finaliza. 

A juíza do Trabalho, Giovanna Corrêa Morgado Dourado, titular da 2ª Vara do Trabalho de Santarém, afirma que todos devem sempre estar em busca das atualizações no mundo do trabalho e da comunicação. “Hoje em dia o mundo gira em torno da inteligência artificial, o juiz tem que se atualizar, já que a IA está em todo lugar no nosso dia a dia. Nós temos que entender sobre isso, aprender sobre isso para que possa diminuir os conflitos para a gente”, observa.

Abertura do Ano do Judiciário - A presidente em exercício do TRT-8, desembargadora Ida Selene Duarte Sirotheau Correa Braga, fez abertura do Ano Judiciário do TRT-8 e destacou a preparação para a COP 30. “O ano de 2024 é um ano extremamente importante, que é uma preparação para a COP 30. Primeiro temos que manter a nossa excelência de trabalho na Justiça do Trabalho, quem sabe até consiga o prêmio maior. Isso significa toda nossa produtividade, buscando o mesmo campo do ano passado, da Justiça realizando um trabalho importante, cuidando de gênero, equidade e diversidade, é o que se espera do ano de 2024 e em preparação para a COP 30”, destaca a desembargadora.

A diretora da Escola Judicial do TRT-8, desembargadora Francisca Oliveira Formigosa, destaca que a programação de 2024 da Ejud-8 será voltada para a pauta social. “Com este evento, nós estamos dando início à nossa programação anual, que começa com esse tema muito importante, a inteligência artificial. A partir deste tema nós pretendemos demonstrar a importância do Poder Judiciário, o agir diário que nós temos que realizar para alcançar o nosso objetivo principal, que é a entrega da prestação jurisdicional no tempo razoável, como prescreve a Constituição Federal em vigor. Para 2024, nosso grande desafio é dar continuidade à pauta social estabelecida pela Enamat, CNJ e CSJT “, finaliza. 

A procuradora do Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá, Rejane de Barros Meireles Alves participou da mesa de abertura do Ano do Judiciário e Ano Letivo da Ejud-8

Lançamentos - Dois lançamentos marcaram também a programação do TRT-8. O primeiro foi a Revista do TRT-8 que, conforme destacou o desembargador Paulo Isan Coimbra da Silva Júnior, membro da Comissão da Revista do TRT-8, é uma referência na região amazônica. “A Revista do TRT-8 consegue sintetizar o que é o Tribunal Regional da Oitava Região. É um tribunal que se consolida como uma referência de competência técnica e científica na Amazônia. Tem uma publicação ininterrupta de décadas, tanto é que nós chegamos com mais de 110 publicações. É uma revista altamente qualificada, hoje o índice dela é qualis A4, que mostra a competência de anos do Tribunal na produção desta publicação. Os artigos tratam basicamente de temas que não são caros, que nascem do trabalho. É o direito do trabalho com uma perspectiva amazônica, foco nos grupos vulneráveis na nossa região”. 

O segundo momento da programação foi realizado no salão nobre do TRT-8, e contou com o lançamento do livro “Inteligência Artificial e Discriminação: Desafio e soluções legais para a seleção de trabalhadores”, de autoria do juiz do Trabalho, Francisco José Monteiro Júnior, lotado na 2ª VT de Belém. 

O magistrado explica que o livro surgiu a partir da dissertação de mestrado em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará. “Estou muito feliz em estar lançando meu livro aqui com os colegas. Ele trata especialmente sobre o uso de inteligência artificial na pré contratação de trabalhadores, buscando discutir e evitar discriminação nesse processo seletivo, trazendo também algumas soluções jurídicas para que os empregadores que irão fazer uso da ferramenta não violem os direitos da privacidade, intimidade, personalidade desses trabalhadores”. 

Oficina -

Ao final da programação, a Escola Judicial do TRT-8 ofertou a oficina “Justiça Conectada 2025” para os(as) magistrados (as), ministrada pelo coordenador do Escritório de Projetos e Processos do TRT-8, Alex Barros, que informou que o objetivo da iniciativa é disseminar o conhecimento com os magistrados, com os desembargadores, com os servidores sobre as metas do Tribunal, as metas nacionais que são definidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

A participação dos magistrados na oficina "Justiça Conectada 2025" foi extremamente positiva e produtiva, refletindo o comprometimento e a dedicação dos magistrados e magistradas em buscar a excelência na prestação jurisdicional e no cumprimento das metas nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

O Diretor da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica do TRT-8, Flávio Marcílio Ramos, garante que a oficina foi uma oportunidade valiosa para que os magistrados (as) pudessem aprofundar seus conhecimentos sobre a gestão participativa e democrática na elaboração de metas nacionais do Poder Judiciário, incluindo os critérios para sua definição, conforme Resolução CNJ nº 221/2016. “Durante o evento, os magistrados e magistradas engajaram-se ativamente nas discussões, conduzidas em rodadas que buscaram identificar as maiores dificuldades para cumprir as metas em 2024, quais as melhores estratégias para superar  os desafios das metas e quais as sugestões para as metas de 2025. O objetivo da oficina foi alcançado, com os magistrados (as) satisfeitos com os resultados do evento”, comemora o diretor.

MInistraram a oficina Alex Barros, Flávio Ramos, Rafaael Feitosa e Paulo Rodrigues. 

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Confira aqui as fotos do evento. 

 

Texto: Andreza Gomes - Secom TRT-8

Fotos: Vitor Manoel - Secom TRT-8