TRT-8 promove diálogo sobre inclusão e desafios enfrentados por pessoas com deficiência
“Nada sobre nós, sem nós!” Foi o tema central da roda de conversa sobre a pessoa com deficiência realizada na manhã da última sexta-feira, 27, pelo Subcomitê de Acessibilidade e Inclusão do TRT-8, no formato presencial e online. A iniciativa reafirmou o compromisso do Tribunal com a construção de um espaço mais acessível e acolhedor para todos (as).
O evento proporcionou um espaço seguro para que os (as) servidores (as) com deficiência compartilhassem suas histórias, desafios e sugestões para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo. A juíza do Trabalho Camila Nóvoa, coordenadora do Subcomitê de Acessibilidade, destacou a importância de ouvir as vozes dos próprios protagonistas: “Queremos o TRT-8 mais inclusivo e mais acessível, queremos que vocês sejam felizes trabalhando, sejam respeitados e que possam exercer plenamente suas capacidades", afirmou a coordenadora.
A iniciativa marca as comemorações do dia 21 de setembro, que é o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.
A ideia da roda de conversa era ouvir os servidores e servidoras com deficiência, falar dos desafios e experiências na Justiça do Trabalho. Uma delas foi a técnica judiciária, Dorilene Passos Pinheiro, que atua na 4ª Vara do Trabalho de Belém. “Eu sou servidora desde 2008, a roda foi um momento perfeito para a gente expõe as nossas particularidades enquanto pessoa com deficiência, pois eu sou uma pessoa com deficiência, tenho uma espécie de nanismo raro e foi maravilhoso, porque eu pude falar das dificuldades de acessibilidade e também falei um pouco mais de mim”, finaliza.
Ivana Soares Feijó, Oficiala de Justiça do TRT-8, integra também o Subcomitê de Acessibilidade e parabenizou o evento. “É reconfortante saber que não estamos sozinhos, é muito importante poder compartilhar as nossas experiências. Estou me sentido bem acolhida aqui no Tribunal”.
A Chefe da Divisão de acessibilidade, inclusão e sustentabilidade Luisa de Souza Leão, ressalta que a roda é um primeiro passo de aproximação com as pessoas com deficiência. “O resultado foi muito positivo, ouvimos as demandas e com certeza elas poderão contribuir para esse processo de transformar o Tribunal em um lugar mais acessível”.
A juíza do Trabalho Camila Nóvoa conclui que para tornar o TRT-8 mais inclusivo é necessário ouvir as pessoas com deficiência. “Achei a roda maravilhosa. Todos e todas trouxeram pautas interessantes com situações de elogios, situações de demandas que é importante a gente ouvir. Nós precisamos construir ações a partir da realidade de cada um”.
Ao todo participaram sete pessoas com deficiência, três responsáveis por uma pessoa com deficiência e oito participantes sem deficiência.
Seminário “Ativismos para a Luta Anticapacitista no Trabalho”
Luisa Leão participou no dia 24 de setembro de uma programação em Brasília com o tema: Ativismo por uma luta anticapacitista no Trabalho e neste evento foi realizado o lançamento do livro “Tudo sobre nós por nós! Trajetórias e vivências de pessoas com deficiência na Justiça do Trabalho”.
“É um livro que conta a história de 36 pessoas com deficiência dentre magistrados e servidores da Justiça do Trabalho representando as cinco regiões, uma perspectiva interseccional, com pessoas representando todos os tipos de deficiência. Objetivo deste livro é que a gente possa divulgar que não só existem espaços para a pessoa com deficiência e elas são responsáveis também pela construção da Justiça do Trabalho e principalmente da pessoa com deficiente é uma vida que vale a pena ser vivida, com realizações, muitos sorrisos e muita luta para a gente transformar essa sociedade em um lugar melhor para todo mundo”, comemora.
O livro pode ser acessado aqui.
Confira as fotos do evento aqui.