Projeto Judiciário Fraterno promove oficinas para a comunidade quilombola Pará Solidário

Hoje, 28 de março, mulheres, jovens e crianças participam das atividades que envolvem informática, panificação e artesanato.
Dona Merian Galiza, 55 anos, moradora de Vila Tapera, no ramal 24 da cidade de Acará, durante toda esta semana, acorda às seis da manhã para ir andando, por pontes e ruas, com vontade de aprender um novo ofício: Panificação. “Minha vontade é muito grande de fazer esse curso, receber esse certificado e ter uma nova renda”, explica dona Liandra.
Impulsionadas pelo desejo de uma nova fonte de renda, 24 mulheres, incluindo Dona Merian, mergulham no aprendizado da panificação, doces e sorvetes, durante a oficina oferecida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8). Esta iniciativa faz parte da 29ª Semana do Judiciário Fraterno, que ilumina a comunidade quilombola Pará Solidário, em Acará.
Camila Gomes, 34 anos, professora do Pará Solidário, relata que a comunidade quilombola é formada por 120 famílias e agora com a realização da Semana do Judiciário Fraterno é possível oferecer cursos de informática para 60 jovens, de panificação para 24 mulheres e oficina de arte em miriti para as crianças.
“É uma oportunidade única esse trabalho aqui. Teve gente que veio de Bujaru para participar da oficina e para receber esse certificado. Estamos muito felizes com tudo que o TRT-8 traz para a nossa comunidade”, comemora a professora.
Alda Gomes, vice-diretora do Pará Solidário, relata que todas as mulheres estão aprendendo muito durante a oficina. “Só de passar a semana aqui aprendendo é gratificante, estamos aprendendo biscoitos, doces e sorvetes”.
A juíza do Trabalho Vanilza Malcher, gestora nacional e regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, esteve na comunidade na manhã de ontem, 27, acompanhada do Superintendente Regional do Trabalho do Pará, Paulo Gaya e menciona que o TRT-8 pretende levar cidadania e transformar a vida das mulheres. “Nós agradecemos imensamente a toda a comunidade que recebe o projeto Judiciário Fraterno da Justiça do Trabalho com a participação das crianças, das mulheres, dos homens, dos pais que se envolvem nos cursos e nas oficinas. Temos certeza de que está sendo uma linda semana. Eles compartilham conosco o seu modo de viver, suas experiências e nós estamos trazendo os nossos serviços do Programa de Combate ao Trabalho Infantil”, pontua.
Paulo Gaya durante um bate papo com as mulheres da comunidade menciona os programas de incentivo do Governo Federal e como todos podem participar.
A Semana do Judiciário Fraterno encerra hoje, 28, com a exposição dos resultados dos cursos e um grande desfile de cultura Afro.
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